20/07/2018 16h30 – Por: Da redação, com informações do G1MS
A prisão do ex-governador André Puccinelli e do filho dele, Puccinelli Júnior, não abalou a direção do MDB em Mato Grosso do Sul. A decisão foi confirmada durante coletiva à imprensa na tarde desta sexta-feira em Campo Grande.
Pai e filho foram presos pela Polícia Federal na manhã de hoje. A suspeita de continuidade de esquema de lavagem de dinheiro motivou o novo pedido de prisão preventiva. Além dos dois, também foi preso o advogado João Paulo Caves. De acordo com a decisão, da 3ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, mesmo após a deflagração da operação Lama Asfáltica e prisão de diversos envolvidos, o esquema criminoso segue operante e a lavagem de dinheiro “se aperfeiçoou no benefício de seus integrantes”.
A convenção do MDB para anunciar André na corrida eleitoral a governador do Estado e oficializar os deputados federais, estaduais e senadores para as eleições de outubro seria realizada amanhã, no entanto, decisão interna do próprio partido adiou, semana passada, para 4 de agosto.
Durante coletiva à imprensa, o senador e vice-presidente regional do MDB, Waldemir Moka, disse que, “da nossa parte apenas solidariedade [diante da prisão de Puccinelli] e uma crença muito grande na Justiça. Aconteceu esse fato, para nós inesperado, e nós estamos tratando com naturalidade. Não vai mudar nada e não há plano B. Quem é o candidato? É o André Puccinelli”.
Outra liderança do partido, o presidente da Assembleia Legislativa e tesoureiro do diretorio, Júnior Mochi, reiterou o que disse Moka. “Saem querer questionar a decisão, nós acreditamos na sua revisão e, com isso, está mantida a pré-candidatura de Puccinelli. Não há plano B”, destacou.
Consta na representação do Ministério Público Federal (MPF) que os novos elementos para a prisão seriam, em suma, documentos da Controladoria-Geral da União, Receita Federal e Polícia Federal, com análise das movimentações financeiras do Instituto Ícone de Ensino Jurídico, de propriedade de André Puccinelli Júnior, que demonstraram que o Instituto estaria sendo usado nos interesses do grupo criminoso, através de Calves, que seria o “testa de ferro”.
