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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Tratamento inovador no combate à neuralgia do trigêmio

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Considerada uma das dores mais fortes que um ser humano possa suportar, a Neuralgia do Trigêmeo acomete o nervo trigêmeo da face, que recebe este nome por ter três ramificações: o oftálmico, o maxilar e o mandibular. Embora pouco comum – atinge cerca 1 pessoa em cada 100 mil, em sua maioria mulheres acima de 50 anos – a enfermidade é preocupante pela intensidade da dor que provoca e pela falta de informação da população. Um novo tratamento vem sendo realizado com sucesso na Clínica de Dor, dirigida pelo anestesiologista Dr. Geraldo Carvalhaes, descartando a necessidade de intervenção cirúrgica neurológica.Os sintomas da Neuralgia do Trigêmeo são descritos pelos portadores como algo inesquecível. Apesar de durar poucos segundos, a dor é caracterizada como uma fisgada, uma punhalada ou choque elétrico que provoca sensação de queimação na face. “Os pacientes que nos procuram relatam que durante anos as crises eram diárias, chegando a desaparecer por alguns meses e, depois, retornando com mais intensidade. É uma dor insuportável”, detalha Carvalhaes.A vida de quem tem Neuralgia do Trigêmeo é abalada nas ações mais simples. “Atividades como falar, comer, lavar o rosto, escovar os dentes, passar o fio dental, raspar a barba, passar maquiagem e engolir podem se tornar um martírio por ativar consideravelmente a dor”, explica o diretor da Clínica de Dor. Mãe de 9 filhos e com disposição de uma guerreira, a aposentada G.T.V. chegou a entrar em depressão devido à doença. “Eu tinha perdido a alegria. É uma dor terrível, pior do que a dor de cólica de rins. No momento da crise eu não conseguia nem conversar. Ficava recolhida em um canto”, lamenta.A aposentada convive com a neuralgia há mais de 10 anos. Ela já passou por inúmeros especialistas e vários tratamentos, entre eles a cirurgia de compressão com balão do gânglio de glasser. “Eu nunca perdi a esperança de ficar boa”, relata. G.T.V. é uma das pacientes da Clínica de Dor que tem se submetido à Estimulação Transcraniana Magnética. Moradora da cidade de Piumhi, a 256 Km de Belo Horizonte, G.T.V. vem à capital três dias por semana para se tratar. Após 10 sessões, a aposentada está assintomática. “É um grande alívio. Estou sem crises. Ainda está dolorido, mas não tenho mais dores fortes”, relata. O equipamento de Estimulação Magnética – O Neuro-MS – é importado da Rússia e tem certificação do Inmetro e na Anvisa. O tratamento varia conforme cada caso, sendo indicada, em geral, uma aplicação diária de 20 minutos no combate à dor da neuralgia do trigêmeo.O tratamento com o neuro-estimulador é um grande avanço da medicina. Em muitos casos, a medicação não tem sucesso e uma das saídas é a cirurgia. “Imagine uma pessoa idosa tendo que recorrer a uma cirurgia na cabeça para se ver livre da neuralgia. É um procedimento muito delicado e arriscado para esses pacientes. O neuro-estimulador não tem contra-indicação e é indolor”, ressalta Carvalhaes.O diagnóstico da neuralgia é clínico. Não existe exame específico para confirmá-lo. Por isso, o médico tem que ser especialista e descartar outras possibilidades como trauma recente no rosto ou nos dentes, infecção por cárie ou tratamento de canal, uma infecção viral como herpes labial ou herpes zoster. O exame, segundo Carvalhaes, inclui cabeça, pescoço e interior da boca. O médico também poderá solicitar uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada de crânio para afastar problemas dos vasos sanguíneos, tumores que possam comprimir o nervo trigêmeo.

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