32.1 C
Dourados
quarta-feira, 24 de abril de 2024

Boatos e notícias falsas prejudicam campanhas de vacinação

- Publicidade -

24/09/2018 07h11 – Por Ministério da Saúde e da Universidade de Brasília

Ao mesmo tempo que aproximam as pessoas, aplicativos de troca de mensagens e redes sociais fazem parte do cenário que impede a população de se proteger de doenças como febre amarela, gripe e sarampo.

Boatos espalhados pelo WhatsApp, Twitter e Facebook, por exemplo, tem influenciado na queda do alcance das campanhas de vacinação no Brasil desde 2016, segundo o Ministério da Saúde.

“Um dos fatores que levamos em conta, que prejudicou e ainda prejudica a imunização são as fake news”, explica o chefe da Assessoria de Imprensa e Informação do Ministério da Saúde, Renato Strauss.

Outros fatores influenciam a queda, que ficou entre 70% e 75%, como o sucesso das campanhas passadas até a mudança de jornada de trabalho das pessoas.

Com o intuito de reforçar o combate às notícias falsas, o governo federal inicia nesta quinta-feira (20) uma campanha digital para combater boatos e mentiras sobre vacinação.

Na ação, imagens e vídeos trazem exemplos de mentiras que circulam na internet e convidam o cidadão a refletir sobre o conteúdo que compartilha nas redes.

“Muita mentira está sendo divulgada, e quem não tem o hábito de checar acaba se tornando vítima dessa desinformação.

Queremos mostrar que nem tudo que chega para as pessoas é verdade, especialmente quando falamos de saúde pública”, disse o secretário de Comunicação Digital e Inovação da Presidência da República, Wesley Santos.

Compulsão

Ainda é difícil compreender a motivação de quem dá origem e inicia o compartilhamento de notícias falsas, mas profissionais da área da filosofia, psicologia e comunicação possuem algumas teorias a respeito, segundo o professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC/UnB) Paulo José Araújo da Cunha. Ele é o responsável por ministrar a disciplina Jornalismo e Fake News na FAC/UnB.

Segundo o professor, o hábito de usar notícias falsas indica uma “compulsão” por mentir e enganar os outros.

Do lado contrário, quem compartilha as mentiras geralmente acredita no que está lendo e faz isso com boas intenções.

Além disso, o advento da internet e redes sociais apenas facilitou esse processo – que é, aliás, muito antigo.

“Fake news de maneira geral são muito antigas. No Brasil, ocorre basicamente desde a proclamação da República. No mundo, é um fenômeno que se observa desde o Império Romano.

A diferença é que antes você precisava de papel, impressora, uma base sólida para fazer a informação circular. Com a internet, isso é muito mais fácil”, explicou.

Nesta semana, governo federal inicia campanha digital para combater boatos e mentiras sobre a imunização - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi

Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-
Verified by MonsterInsights