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sexta-feira, 19 de abril de 2024

OMS lança nova classificação internacional de doenças

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20/06/2018 17h12 – Por ONU

Com cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo. Nova edição traz capítulos inéditos sobre medicina tradicional e saúde sexual.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou na segunda-feira (18) sua nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a CID 11.

Com cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, o documento é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo.

A publicação traz uma linguagem comum que permite aos profissionais da área compartilhar informações em nível global.

Segundo o chefe da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a CID possibilita “entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem e agir para evitar sofrimento e salvar vidas”.

“Há mais de uma década em desenvolvimento, a CID-11 oferece melhorias significativas em relação às versões anteriores.

Pela primeira vez, é completamente eletrônica e possui um formato que facilita seu uso. Houve um envolvimento sem precedentes de profissionais de saúde, que se juntaram em reuniões colaborativas e submeteram propostas. A equipe da CID na sede da OMS recebeu mais de 10 mil propostas de revisão.”

A CID-11 será apresentada para a adoção pelos países em maio de 2019, durante a Assembleia Mundial da Saúde.

A entrada em vigor do documento está prevista para 1º de janeiro de 2022. A versão disponibilizada nesta semana é uma pré-visualização que permitirá aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde.

A publicação é utilizada por seguradoras de saúde que usam a codificação de doenças para definir e garantir reembolsos.

Os gestores nacionais de programas de saúde, especialistas em coleta de dados e outros técnicos que determinam a alocação de recursos de saúde também usam amplamente a CID.

O documento conta com novos capítulos, um deles sobre medicina tradicional. Embora milhões de pessoas recorram a esse tipo de cuidado médico, ele nunca havia sido classificado nesse sistema.

Outra sessão inédita, sobre saúde sexual, reúne condições que antes eram categorizadas ou descritas de maneiras diferentes — por exemplo, a incongruência de gênero estava incluída em condições de saúde mental. O distúrbio dos jogos eletrônicos foi adicionado à seção de transtornos que podem causar adicção.

A 11ª versão da CID reflete o progresso da medicina e os avanços na pequisa científica. Os códigos relativos à resistência antimicrobiana, por exemplo, estão mais alinhados ao sistema global de vigilância sobre o tema, o GLASS.

As recomendações da publicação também refletem, com mais precisão, os dados sobre segurança na assistência à saúde.

Isso significa que situações desnecessárias com risco de prejudicar a saúde – como fluxos de trabalho inseguros em hospitais – podem ser identificadas e reduzidas.

“Um dos mais importantes princípios desta revisão foi simplificar a estrutura de codificação e ferramentas eletrônicas.

Isso permitirá que os profissionais de saúde registrem os problemas (de saúde) de forma mais fácil e completa”, afirma Robert Jakob, líder da equipe de classificação de terminologias e padrões da OMS.

Profissionais do Mais Médicos levam serviços de saúde para populações indígenas no Norte do Brasil. Foto: Karina Zambrana

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