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sábado, 20 de abril de 2024

Os dois lados da doação de leite materno

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19/05/2018 09h03 – Por www.saude.gov.br

Quem tem um filho recém-nascido internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sabe a importância de 1 ml de leite doado. Há quase dois anos, nascia Arthur Tadashi, 760 gramas, prematuro de 28 semanas. A mãe dele, Luciana Toshimi, lembra como o leite materno doado foi importante para a recuperação.

“As doações eram muito importantes porque não era sempre que eu tinha quantidade de leite que ele precisava. Às vezes, 1 ml que fosse já ajudava”, conta.

É por isso que o Ministério da Saúde lança todos os anos uma campanha nacional de doação de leite materno.

Qualquer quantidade de leite humano é importante para estes bebês. O leite doado é destinado a crianças prematuras, de baixo peso, que estão internadas e não podem ser alimentadas diretamente no seio da mãe.

Dependendo do tamanho do prematuro, 1 ml de leite humano já é suficiente para nutri-lo cada vez que ele for alimentado, como destacou a mãe do Arthur.

Consciente da importância da solidariedade para a saúde das crianças, Toshimi também chegou a doar e a ajudar outros bebês.

“Tiveram momentos em que ele não podia se alimentar, ficava de dieta zero. Então, o leite que eu conseguia ordenhar ia para o banco de leite. Ia para ele e para outros bebês que também estavam na UTI”, relata sobre os seis meses em que o pequeno Arthur ficou internado na unidade de terapia intensiva.

Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções e diarreias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido e fica menos tempo internado. Toshimi sempre garantiu o leite materno na alimentação do filho.

“Quando ele saiu da internação, eu não consegui amamentá-lo porque ele nasceu com lábio leporino e fenda palatina. Então, ele não amamentava no peito. Mesmo assim, eu ordenhava e dava para ele”, conta.

Ela deixa um recado para as atuais e futuras mamães: “As mães que doam são muito importantes. Então, se elas podem doar e conseguem, façam para ajudar. Às vezes pode pensar: é pouco. Mas aquele 1 ml que ela consegue doar já ajuda bastante”, completa Toshimi.

“Eu amo poder doar”
marcela nardelli doaçãodeleiteAntes mesmo de engravidar, Marcela Nardelli já pensava em doar leite. Quando estava grávida, ao conversar com uma amiga médica, ficou sabendo sobre a falta de leite do banco de leite e o quão importante é a doação para as crianças. Isso só aumentou desejo dela de se tornar doadora.

“Quando Isabella nasceu, meu leite desceu rápido e muito. Isso me deixou muito feliz, pois seria possível doar”, conta Nardelli. Ela se informou sobre o processo de doação e como era feito.

“Eu entrei no site do banco de leite e me cadastrei. No dia seguinte, final do dia, o pessoal do banco de leite do Hospital Regional de Taguatinga (HRT-DF) me ligou para pegar as informações para que fosse entregue o kit de doação”.

Na segunda-feira seguinte, a profissional do banco de leite foi conferir os exames da Marcela, deu o kit para armazenamento do leite e explicou como funciona a doação. “Na primeira semana eu não consegui doar, não soube fazer a ordenha.

A enfermeira do banco me ligou para saber se tinha conseguido coletar. Expliquei e ela me falou por telefone como devia fazer e que, se continuasse com dúvidas, que poderia ir ao banco de leite que eles iam me ensinar a ordenhar e que se quisesse, levasse a Isabella para que vissem se ela estava com a pega certa”, conta a mãe da Isabella, de 1 mês de vida.

Mas antes de ir ao banco de leite do HRT, Marcela ganhou uma bomba de leite e conseguiu falar a coleta. “Eu amo poder doar e saber quantos bebês eu consigo ajudar com tão pouco! Na última visita, a moça falou que com 50 ml é possível ajudar até 10 crianças, pois bebês muito prematuros bebem apenas 5 ml! Isso mexeu muito comigo, saber que posso fazer a diferença na vida de alguém”, relata.

Quem pode ser doadora de leite humano?

Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um banco de leite humano.

Além de apresentar excesso de leite, a doadora deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente a um banco de leite humano.

www.saude.gov.br

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