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quinta-feira, 28 de março de 2024

Câmara de Dourados entrega hoje prêmio Marçal de Souza Tupã’Y

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Este ano, o homenageado é o grupo de rap indígena Brô Mcs, da reserva indígena de Dourados. Eles foram escolhidos pelo protagonismo, pela influência positiva como referência para os jovens indígenas e pela expressão intercultural que ultrapassa fronteiras

26/11/2018 10h52 – DouradosAgora

Acontece hoje (26), na Câmara Municipal de Dourados, a entrega do prêmio Marçal de Souza Tupã’Y. O prêmio, de acordo com o Decreto Legislativo nº 058/1994, que o instituiu, é destinado à pessoa que tenha se destacado na produção jornalística, artística, literária ou científica com temas voltados à problemática indígena.

Este ano, o homenageado é o grupo de rap indígena Brô Mcs, da reserva indígena de Dourados. Eles foram escolhidos pelo protagonismo, pela influência positiva como referência para os jovens indígenas e pela expressão intercultural que ultrapassa fronteiras.

O grupo foi escolhido através de comissão, formada por representantes de entidades destacadas nas luta pelos direitos e contra a opressão do índio e por profissionais da imprensa local.

Marçal de Souza

Marçal de Souza Tupã’y – que significa pequeno Deus, em Guarani, nasceu em Rincão Julio, região de Ponta Porã, na véspera do Natal de 1920. Aos três anos foi para a Aldeia Te’ýkue, município de Caarapó. Órfão aos oito, foi morar em orfanato de crianças indígenas na Missão Caiuá, área indígena de Dourados. Aos 12 anos foi com um casal de missionários para Campo Grande. Lá conheceu um oficial do Exército que o levou para Recife, onde estudou até a segunda série do antigo Ginasial.

Adulto, voltou para Ponta Porã e, na década de 1940, novamente abraçou sua cultura de origem ao se tornar guia e intérprete dos antropólogos Darcy Ribeiro e Egon Shaden, além de ser enfermeiro do posto da Funai na aldeia onde morava.

Em 1980, é escolhido representante da comunidade indígena para discursar em homenagem ao papa João Paulo II, durante sua primeira visita ao Brasil. Logo, se envolve na luta pela posse de terras na área indígena de Pirakuá, em Bela Vista. Ele chegou a ir à ONU (Organização das Nações Unidas) para relatar o drama dos guarani em Mato Grosso do Sul.

Após diversas ameaças e agressões, em 25 de novembro de 1983 foi assassinado com cinco tiros, no rancho de sua casa, na Aldeia Campestre, em Antonio João. Seu corpo foi sepultado em Dourados.

Grupo Brô MCs será homenageado com o prêmioFoto: Goldemberg/Divulgação

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