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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Grupo de Trabalho se reúne para criar estratégias quanto ao uso de agrotóxicos

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Grupo de Trabalho se reúne para criar estratégias quanto ao uso de agrotóxicos na região de Dourados

15/10/2018 15h05 – Por: Da redação

Produtores de alimentos agroecológicos, associações de produtores e representantes das secretarias municipais de Agricultura e de Assistência Social, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e do Ministério Público Federal (MPF) uniram-se e criaram o Grupo de Trabalho (GT) Agroecologia com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os efeitos nocivos do uso de agrotóxicos para a saúde coletiva e do trabalhador do campo. A próxima reunião do GT Agroecologia está agendada para esta terça-feira, 16 de outubro, às 13h30, na sede do MPF em Dourados, localizada na Rua José Correa de Almeida, 2220, Jardim Climax.

Nas reuniões do GT, que são abertas ao público, também são discutidas questões relacionadas à contaminação direta de alimentos, solo, ar e água, fator que gera prejuízos consideráveis como a poluição dos rios e lençóis freáticos, assoreamento e morte de insetos polinizadores. O principal meio de ação do GT, previsto até o momento, é ampliar as possibilidades de redução do uso de agrotóxicos por meio da difusão de informações sobre os possíveis danos, além da divulgação de novas possibilidades e boas práticas voltadas ao controle fitossanitário, à agroecologia e à agricultura biodinâmica. Para tanto, se fazem necessárias parcerias entre poder público, privado, terceiro setor e sociedade civil organizada.

Em todo o país, Ministérios Públicos Estaduais, Federal e do Trabalho estão ampliando sua atuação na temática e ouvindo a sociedade para criar ações concretas. Em Dourados, a mobilização fica por conta do procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida, que defende a necessidade da realização de pesquisas científicas que analisem a relação direta do uso indiscriminado de agrotóxicos com sérios danos à saúde da população.

Em Santa Catarina, o Ministério Público Estadual promove, há mais de 10 anos, o programa Alimento Sem Risco, voltado à promoção da “segurança dos alimentos vegetais cultivados e comercializados no estado, para a proteção da saúde dos consumidores contra resíduos fora da conformidade legal provenientes do uso indiscriminado de ingredientes tóxicos”. Em Mato Grosso do Sul, uma das preocupações mais recorrentes é saber se a água consumida está contaminada.

O que está comprovado é que o Brasil é o país que mais consome agrotóxico no mundo. E os riscos não se restringem à ingestão direta de alimentos ou água contaminados; há que se considerar também a dispersão e a deriva aérea que, dependendo de fatores climáticos, ocorrem no momento da pulverização e “espalham” o agrotóxico para além das plantações, causando a mortandade de abelhas e bichos-da-seda, entre outros problemas ambientais e econômicos.

 Brasil é o país que mais consome agrotóxico no mundoFoto: Divulgação

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