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terça-feira, 16 de abril de 2024

Hospital da Vida esgota leitos para atender pacientes

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12/02/2019 07h35 – Por: Valéria Araújo

Sem leitos, o Hospital da Vida de Dourados esgotou a capacidade de atendimento. Superlotada a unidade só receberá pacientes trazidos pelo Samu ou Corpo de Bombeiros se as macas ficarem retidas. Essa foi a alternativa encontrada pela Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud). Mesmo assim, quem chegar no Hospital e precisar de internação, poderá ficar no corredor. Segundo a Fundação, o hospital está com superlotação, sendo 18 pacientes na área verde e oito na área vermelha. As Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) estão lotadas, bem como quartos e corredores.

Ontem o presidente da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), Daniel Rosa, apresentou um diagnóstico das condições financeiras do órgão. O presidente ainda apontou que a superlotação é um problema, devido a grande demanda de pacientes de outros municípios.

De acordo com o presidente da Funsaud, o órgão tem recebido dívidas de gestões anteriores, tendo, atualmente, um déficit de R$ 1,5 milhão mensais, sendo que é repassado mensalmente R$ 4 milhões para a Saúde. “O problema da Fundação não é de hoje. Estamos nos desdobrando para colocar a conta em ordem”, comentou Daniel.

Ele ainda explicou que a UTI do Hospital da Vida, por exemplo, possui 60% dos pacientes de outros municípios. O mesmo ocorre com a Ala Vermelha do hospital que, dos 20 leitos, 13 são ocupados por pessoas de cidades vizinhas.

“Além de Dourados, atendemos mais 32 municípios, o que soma quase um milhão de habitantes. Com isso, estamos tomando as tratativas para regular essa situação”, comentou Daniel.

Crise

A crise no Hospital da Vida é antiga. Dentre as principais reclamações está a falta de medicamentos, insumos e atraso no pagamento dos médicos, que estariam desde novembro sem receber os salários, o que pode culminar com paralisações e greves na Saúde.

Recente relatório encaminhado para o Ministério Público Estadual apontou que é constante a falta de medicamentos como o anti-inflamatório “Tilatil”, o analgésico “Tramal Ev e o antibiótico “Cipro EV”. A estrutura também estaria sem álcool nos quartos. Os profissionais mal têm o produto para realizar a assepsia das mãos.

A falta de materiais como o descarpax (coletor para material perfurocortante) para descartar materiais perfurocontantes (agulhas por exemplo) também é constante. Segundo os profissionais da Saúde os servidores são obrigados a improvisar com caixa normal de papelão correndo risco de serem contaminados. Quando se utiliza essa alternativa o material não é recolhido pelo serviço de higienização, que também teme infecção. O lixo fica acumulado até que a enfermagem retire o material para que ele não fique amontoado no setor.

A situação é tão grave que um paciente fez cirurgia no dia último no mês passado e necessitava uso de uma tala gessada não pode fazer o procedimento por falta de gesso. Familiares foram instruídos para compra de imobilizador de joelho.

Presidente da Funsaud diz que 60% dos pacientes são de municípios da região

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