20.2 C
Dourados
sexta-feira, 29 de março de 2024

Mel adulterado tem até desinfetante

- Publicidade -

Mel adulterado tem até desinfetante, em Dourados

Valéria Araújo

Mostras analisadas pela Vigilância Sanitária de Dourados revelam que determinado mel à base de eucalípto está sendo adulterado com substâncias nocivas à saúde. De acordo com o coordenador do órgão, Vili Schulz, o produto analisado leva a marca falsa “Mel Florado de Eucalípto”. Ele diz que na composição foram encontrados grandes quantidades de xarope de glicose e o mais grave: desinfetante à base de eucalípto. As substâncias químicas evidenciam a adulteração no produto, que é comercializado como natural.

A marca leva na embalagem a informação de que o produto é fabricado na Fazenda Santo Antônio – Rio Dourados. Segundo a Vigilância Sanitária, o endereço é falso. Além disso, há o registro de um número que na verdade é de outra empresa, a original que fabrica o mel.

Com o resultado das análises, a Vigilância Sanitária inicia operação para retirar o produto do mercado em Dourados. Todos os estabelecimentos comerciais do ramo alimentício serão vistoriados. Vili Schulz menciona um fato preocupante: o produto pode estar espalhado no Estado todo. “O registro falso era estadual, o que tecnicamente habilitava a venda em todas as cidades de Mato Grosso do Sul”, explica.

Outra questão apontada por ele diz respeito a saúde humana. “Um adulto que consumir este produto adulterado pode ter problemas ou não. Mas uma criança, por exemplo, que utiliza o mel para um tratamento, não terá os benefícios dele no organismo e, com isto, não terá o efeito esperado. De forma geral, pode se afirmar que os ingredientes acrescentados ao mel, como o desinfetante, por exemplo, podem ocasionar danos graves ao consumidor”, destaca.

Outros produtos à base de mel e que foram flagrados sem informações nutricionais ou registro e endereço também estão sendo retirados do mercado. A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), está investigando quem são os produtores das marcas. O órgão é o responsável por emitir a licença para a atividade de produção e comercial.

De acordo com as normas da Vigilância Sanitária, são infrações: alterar o processo de fabricação dos produtos sujeitos a controle sanitário, modificar os componentes básicos, nome e demais elementos objetos de registro e sem a ne-cessária autorização.

Devido ao elevado número de produtos adulterados no mercado, a Vigilância recomenda que os comerciantes só comprem de empresas devidamente registradas nos órgãos competentes e não optem por produtos sem procedência ou nota fiscal e, ainda, comercializados sem controle, de ambulantes, por exemplo.

Ao consumidor, a Vigilância recomenda que não adquira produtos sem registro ou de ambulantes, verifique o prazo de validade e não compre se a embalagem estiver violada.

Coordenador da Vigilância mostra que produto continha de xarope de glicose até desinfetante. Foto: Hédio Fazan

Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-