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sexta-feira, 29 de março de 2024

Mulher é ferida em protesto em frente a Penitenciária Estadual de Dourados

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Grupo de mulheres protestou contra o cancelamento das visitas, em função da paralisação por 24 horas dos agentes penitenciários estaduais de MS

25/09/2017 08h42 – Por: Valéria Araújo

Um protesto na manhã deste domingo, em frente ao Presídio Estadual de Dourados (PED), culminou com uma mulher ferida. Ela teria sido atingida por uma bala de borracha durante um tumulto com policiais militares que tentavam entrar na área externa de segurança do Presídio e na torre para manter o policiamento, tendo em vista a paralisação de 24 horas dos agentes penitenciários que ocorreu durante todo o dia de ontem.

O grupo formado por mulheres, mães e familiares dos detentos alegou que na sexta-feira (22) quando foram levar pertences aos presos, a informação repassada era que teriam visitas, sendo surpreendidas na manhã de ontem quando iriam entrar no local e foram barradas. O coronel da Polícia Militar Carlos Silva, disse que com o anúncio da paralisação dos agentes penitenciários, a Polícia Militar teve que reforçar a segurança no presídio, tanto na área externa quanto na torre.

Não foi necessário a PM entrar nas celas. De acordo com Carlos Silva, alguns presos chegaram a sair para o pátio sem autorização, mas o movimento foi tranquilo, sem a necessidade de uma intervenção policial. A Polícia disse ainda que houve um princípio de tumulto na chegada dos policiais e que eles tiveram que aplicar algumas técnicas para entrar na área externa do presídio. Não confirmou se houve disparo de bala de borracha por parte dos policiais já que a avaliação mais detalhada da operação será possível a partir de hoje. De forma geral a PM considerou que após o princípio de tumulto a situação voltou a normalidade.

Com a paralisação foram afetados o banho de sol; visitas; entrega de alimentação e objetos aos presos; liberação para trabalho; atendimento aos advogados; atendimento aos oficiais de justiça; liberação de presos dos regimes aberto e semiaberto para visitação em domicílios; assistências penais, educacionais, laborativas e religiosas. Atendimento à saúde só ocorreu em casos de urgência e emergência e recebimento de preso.

Ao Campo Grande News, o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores Estaduais da Administração Penitenciária), André Luiz Santiago, disse a comida e almoço para os presos seriam fornecidas, e que durante as 24h de paralisação nos presídios “ninguém entraria ou sairia”, somente nos casos de vinda de presos de outros municípios ou estado. O diretor-presidente da Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), Aud de Oliveira, afirmou que houve notificação oficial e que se houvesse paralisação haveria consequência.

A categoria protesta principalmente por melhores salários, cumprimento do acordo referente ao reposicionamento de classe por tempo de serviço e a convocação dos formandos. O Sindicato afirma ainda que a categoria recebe um dos piores pisos salariais do país, e o menor da segurança pública no Estado. Mato Grosso do Sul tem 1.600 servidores e 900 fazem a custódia dos cerca de 16 mil detentos. O déficit de servidores atinge 13 mil agentes, e de acordo com o sindicato faltam quase 12 vezes o número suficiente de agentes.

Grupo de mulheres tentou impedir a entrada da Polícia Militar no Presidio Estadual de Dourados (foto - Adilson Domingos )

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