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quinta-feira, 28 de março de 2024

Preço da cesta básica varia 17% e representa mais de 35% do salário mínimo

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A diferença de preços entre o supermercado que praticou o preço mais elevado (R$ 369,84) e o menor (R$ 316,04) com os mesmos produtos representa uma diferença de R$ 53,80

O salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.658,39, ou seja, 3,83 vezes do salário

09/10/2018 07h16 – Por: Maria Lucia Tolouei

O preço da cesta básica teve pequena queda (0,20%) mas ainda representa boa fatia do salário mínimo, ou seja, mais de 35%. Quase metade dos 13 produtos que compõem o pacote sofreram aumento em setembro e mês anterior. A banana ficou 11,29% mais cara; o tomate,7,40% pelo segundo mês consecutivo; feijão, 5,08%; óleo de soja, 2,21%; carne, 1,58% e o arroz, 0,28%.

Apesar das altas, especialmente do tomate e da carne, a cesta em Dourados ficou estável, em setembro, equilibrada pela baixa do pão francês que ficou 8,34% mais em conta; açúcar, 5,01% e o leite, 4,73% – pelo segundo mês seguido, além do café, 3,42%; farinha de trigo, 2,71%; manteiga, 2,62% e a batata, 1,32%.

A pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), coordenada pelo professor Enrique Duarte Romero e realizada entre a última semana de setembro e primeira de outubro, aponta que a cesta básica de setembro – R$ 338,65 – equivale a 35,50% do salário mínimo (R$ 954,00), quase empatando com agosto – R$ 339,31.

A cesta douradense ficou mais barata que em Campo Grande e mais cara que em outras cinco capitais: Recife, Natal, João Pessoa, São Luís e Salvador.

O trabalhador douradense precisou trabalhar cerca de 78 horas, em cada um dos últimos dois meses, para comprar a cesta básica; um pouco menos em setembro, o que representa um discreto ganho de poder de compra, em relação ao período anterior.

Na pesquisa referente ao mês passado, Florianópolis registrou o maior preço – R$ 435,47. A capital São Paulo, foi a segunda mais cara com R$ 432,83 e foi seguida pelo Rio de Janeiro – R$ 418,48.

Os menores preços de setembro e agosto ocorreram em João Pessoa (Paraíba) – R$ 328,99; São Luís (Maranhão) – R$ 324,04 e Salvador (Bahia) com R$ 315,86 – imbatível há mais de um ano e onze meses de forma consecutiva. Dez capitais brasileiras registraram cestas básicas mais baratas, no mês nove.

Pesquisa

Os pesquisadores da UFGD orientam o consumidor a pesquisar preços, antes de comprar. De acordo com a enquete, a diferença de preços entre o supermercado que praticou o maior (R$ 369,84) e o menor (R$ 316,04), com os mesmos produtos, representa uma diferença de R$ 53,80, ou seja, 17,02%.

Também ajuda, conhecer as pesquisas realizadas periodicamente pelo Procon que compara preços em dezenas de supermercados.

Dieese

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em agosto, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.636,04, isso significa 3,81 vezes mais do que o mínimo vigente (R$ 954,00).

Em setembro, seria de R$ 3.658,39, ou seja, 3,83 vezes do salário; ou seja, no mês passado, o trabalhador brasileiro sofreu pequena perda no poder de compra.

O preço do  tomate aumentou 7,40% pelo segundo mês consecutivo. foto - Marcos Ribeiro

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