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sábado, 20 de abril de 2024

Promotor criminal faz 1ª apelação poética de MS

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João Linhares Júnior optou pela arte-educação para demonstrar paixão pela profissão que exerce há 18 anos no MP

19/12/2018 06h37 – Por: Valéria Araújo

Prestes a completar 18 anos de atuação no Ministério Público Estadual, o promotor de Justiça João Linhares Júnior inovou e optou pela arte-educação em apelação criminal que pede que um réu seja condenado por furto qualificado tentado. O primeiro “apelo poético” da Justiça de Mato Grosso do Sul, teve a finalidade de demonstrar paixão pela profissão.

“O Direito é mais prosa do que poesia. Por vezes, entretanto, ela se mostra imprescindível. Brota como algo praticamente involuntário e dotado de um certo automatismo. Eu fui abruptamente imbuído de uma verve e apenas dei vazão àquilo que me impulsionava, naquele àtimo. Por outro lado, embora o processo seja formal e apure, em regra, um fato sério e grave, não precisa ser, necessariamente, taciturno e carrancudo. A leveza parece ser uma forma importante de arrostar males e a poesia é, essencialmente, talvez mais tocante maneira de impedir à reflexão e de despertar diversos sentimentos e perspectivas. Por isso, um poema pode ser um poderoso e eficiente meio de retórica e de convencimento, razão pela qual formulei esse recurso com “apelo poético”.

Não sei se tal objetivo será alcançado, porém, trabalhar com o que amamos, naquilo a que sempre aspiramos, deixar-nos repleto de incentivo e de intusiasmo. Estou na iminência de completar 18 anos nesse sacerdócio que exerço diariamente, ou seja, estou prestes a completar maioridade no Ministério Público. Afigura-se essencial a mantença do verdor, da paixão por aquilo que faço e a que me propus. É um caso de amor eterno pela minha profissão. Um modo de dar concretude a isso é a inivação constante e enfrentar desafios”.

No primeiro parágrafo da apelação, o promotor diz: ***”Homero preconizava que os deuses criam infortúnios para que os homens cantem. Com a devida vênia poética, se se fosse exposto em singelos versos esta irresignação, dir-se-ia: Senhor Desembargador,/O parquet da sentença recorre/ E lhe requesta que a reforma,/ Por favor!/Apela-se a sua consagrada experiência/E ao senso de legalidade que o move,/ Aspirando à correta aplicação da ciência,/É que se reputa ter havido injustiça./ Ao se absorver o réu./E foi enorme!/Urge descortinar todo o processo/ Ponderando-se as provas, retirando-lhe o véu…” ***

Promotor de Justiça João Linhares Júnior

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