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terça-feira, 23 de abril de 2024

Teatro Municipal fecha após notificação do Corpo de Bombeiros

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17/03/2020 08h15 – Da redação

O Teatro Municipal de Dourados fechou as portas após notificação do Corpo de Bombeiros. Até o início da semana, o espaço não possuía certificação da corporação para funcionar e mesmo assim a agenda de programações seguia aberta até o mês de junho. No entanto, após apurações de O PROGRESSO, a Secretaria Municipal de Cultura emitiu comunicado anunciando o fechamento do teatro para realização de “análise estrutural”.

O prédio apresenta rachaduras, infiltrações, além da estética comprometida devido a falta de pintura e reparo na vidraçaria instalada. Sem contar nas instalações anti-incêndio antigas, exigindo modernização e adequação às exigências legais.

O secretário municipal de Cultura Wesley Queiroz afirmou que na quarta-feira (11/3) que reconhecia a legitimidade do notificado, mas ressaltou que a pasta havia protocolado ofício solicitando extensão do prazo inicialmente proposto de 30 dias a 180 dias. “Procuramos os deputados Barbosinha e Renato Câmara para intervir junto ao comando do Corpo de Bombeiros em Campo Grande”, acrescentou.

Questionado se o ofício foi aceito pela guarnição, Wesley apenas afirmou: “para nós sim”. Segundo apurado por O PROGRESSO, até existe um projeto de engenharia para ser executado no local, o problema é a articulação política para financiamento da obra. Conforme revelado à reportagem, os custos para se investir na estrutura é avaliado em mais de R$ 2 milhões. “Desde 2017, todo início de ano quando abre o cadastro do Governo Federal para solicitação de recursos nós inserimos o projeto do teatro. Procuramos senadores, assessores deles, mas nunca conseguimos nada. Eles alegam que as emendas disponíveis são insuficientes”, afirmou o secretário Cultura.

O gestor da pasta afirma ter pessoalmente buscado apoio dos parlamentares, inclusive com intercessão da prefeita Délia Razuk (PTB), mas até o momento nenhum recurso foi autorizado.O secretário aponta que as principais necessidades são a revitalização dos banheiros, conserto de vazamentos, restauração da parte elétrica, sistema anti-incêndio e pintura. Inaugurado em abril de 1998, o prédio nunca passou por revitalização. Lá, além do auditório para 420 pessoas, ainda funciona a Secretaria Municipal de Cultura.

Queiroz afirmou que foi solicitado ao Procon (Programa de Defesa ao Consumidor) a concessão de parte da verba destinada ao fundo do consumidor, avaliada em R$ 1.800.000,00. Na terça-feira (10/3) a proposta foi levada para o Conselho Municipal do Procon, a fim de ser avaliada.

O diretor do órgão de proteção, Antonio Marcos, confirmou que a proposta foi apresentada na reunião do conselho, mas a princípio não obteve parecer definitivo devido à questionamentos ainda a serem esclarecidos, tais como o valor do projeto que não constava e a suposta existência de outro projeto de engenharia semelhante.

Diante disso, a obra de revitalização do teatro segue sem prazo para execução.No ano passado, parte do forro de gesso do auditório caiu durante evento que era realizado. No entanto, apesar do susto, ninguém ficou ferido. O fato foi provocado por um problema de infiltração, que danificou duas placas de gesso. Após o episódio, o ex-gestor da pasta Clarindo Cleber Gimenes, foi exonerado após 4 meses no comando da Cultura.

(Matéria veiculada na edição impressa do Jornal O Progresso dessa semana)

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