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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Vila Olímpica continua abandonada em Dourados

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Vila Olímpica continua abandonada na aldeia indígena de Dourados

Complexo depredado não desenvolve projeto na área de esporte à comunidade há mais de três anos; investimento de R$ 1,4 milhão segue em ruínas

25/07/2018 07h01 – Por: Flávio Verão

Abandonada, a primeira Vila Olímpica Indígena do país não mostrou serventia até hoje na Reserva Indígena de Dourados. Instalado na aldeia Jaguapiru, o complexo de 29 mil metros quadrados está depredado e só é utilizado quando, ocasionalmente, escolas promovem atividades. Jogadores de futebol amador utilizam a quadra e o campo de vez em quando e aos sábados pela manhã funciona o único projeto: Dourados paralímpico, de atletismo para pessoas com deficiência.

Inaugurada em 2011, a Vila Olímpica conta com quadra poliesportiva, campo de futebol, pista de atletismo, quadra de vôlei de areia, parque infantil, vestiários, banheiros adaptados e prédios administrativos. O Ministério do Esporte investiu R$ 1,4 milhão no projeto da Vila, que está em ruínas.

Somente a quadra poliesportiva e a sala de administração estão em condições de uso. Os banheiros foram depredados há três anos, desde então foram inutilizados. O ‘elefante branco’ bem no meio da maior reserva indígena urbana do país tinha como objetivo oferecer aos indígenas atividades esportivas no contraturno escolar. Logo após inaugurado, equipe de professores desenvolveram diversas atividades no local. Tudo parou.

Os portões do complexo esportivo ficam abertos o dia todo, mas raramente se vê alguém por lá. O parquinho infantil está ‘depenado’ e estruturas enferrujadas colocam em risco quem passa pelo local. Salas multifuncionais que até então eram projetadas para desenvolver ações de cultura nunca foram utilizadas e o que se vê no local é um rastro de destruição.

As opções de prática esportiva e de lazer eram esperadas na Vila Olímpica como uma opção para a redução dos índices de violência na reserva, em razão do consumo de álcool e de drogas, um dos grandes problemas na comunidade apontados pela comunidade. “Mas cadê os projetos prometidos para nós, mais uma vez iludiram os indígenas”, critica Sílvio Leão, uma das lideranças.

Embora esteja em uma área que pertença ao Governo Federal, a administração da Vila Olímpica ficou aos cuidados da Prefeitura de Dourados. A Secretaria de Serviços Urbanos tem feito serviço paliativo de roçada de matagal e limpeza. O responsável pela Fundação de Esportes do município, Janio César da Silva Amaro, diz que a única atividade desenvolvida no local é a de atletismo paralímpico. Dourados se destaca no cenário nacional nessa modalidade.

De acordo com ele, para que mais projetos na área de esporte sejam desenvolvidos no complexo, é necessária a realização de uma ampla reforma. No entanto, não há sinal de que o local receba um centavo de investimento para consertar os estragos que só aumentam a cada dia.

O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Dourados, Fernando de Souza, foi procurado por telefone, mas não atendeu aos chamados. Havia a expectativa de que a Funai pudesse intermediar junto ao Governo Federal uma parceria junto a Prefeitura para a promoção de projetos. Sete anos se passaram desde a inauguração e até agora nada foi feito.

Complexo esportivo está depredado na Reserva Indígena de Dourados - Foto: Hedio Fazan

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