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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Preço da cesta básica em Dourados custa o equivalente a 32,48% do salário mínimo

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20/09/2017 07h46 – DouradosAgora

O preço da cesta básica apresentou uma queda de 5,05% em Dourados, aponta pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), coordenada pelo professor Enrique Duarte Romero. O levantamento realizado na última semana de agosto traça um paralelo com o mês anterior.

A cesta básica de julho valia R$ 320,53 o que significa 34,21% do salário mínimo que foi de R$ 937,00. Em agosto de 2017, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia menor a isso para a compra dos produtos componentes da cesta básica que foi de R$ 304,36, o que equivale a 32,48% do salário mínimo vigente. Os produtos que compõem a cesta básica conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário mínimo são açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão-francês e tomate.

No âmbito nacional, o maior preço foi registrado em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) com R$ 445,76; posição que esta capital ocupa há onze meses; seguida por São Paulo com R$ 431,66 e a terceira capital com maior preço da cesta foi Florianópolis, com R$ 426,30. A cesta do mês de agosto apresentou uma diminuição em 21 capitais estaduais do país, e aumentou em outras 3 cidades capitais. Destacamos também que as três cidades com os maiores preços do país no mês de julho também mantiveram seus lugares inalterados no mês de agosto.

Os menores preços médios foram verificados em Recife (Pernambuco) com 340,54; Natal (Rio Grande do Norte) com R$ 3336,12; e com o menor preço da Cesta Básica do país no mês de Agosto foi registrada na capital do Estado da Bahia, Salvador com R$ 332,10. A partir deste mês não foram registrados os preços da Cesta Básica nas seguintes capitais estaduais, Palmas, Rio Branco e Teresina e conforme Dieese, deixarão de ser registrados desde setembro/2017. Os menores preços foram praticados nas capitais da Região Nordeste do país, fato este que se repete desde o início da pesquisa.

Campo Grande

Comparado com a capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, onde o preço da sua Cesta no mês de agosto foi de R$ 355,09; portanto, maior que a de Dourados. Desta vez, o preço da cesta básica douradense do mês de agosto foi inferior aos preços praticados em todas as capitais estaduais do país, fato este constatado desde o mês de maio deste ano. Também apontamos que se compararmos com a capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, os preços da cesta básica douradense sempre foi inferior.

A partir da Constituição Federal de 1988 o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais, com isso, no mês de Julho/2017, para comprar a cesta tinha de trabalhar 75 horas e 16 minutos. E no mês seguinte, Agosto/2017, este mesmo trabalhador precisou de um tempo menor para comprar alimentosque foi de 71 horas e 28 minutos, isto representou um ganho do poder de compra do salário do trabalhador douradense comparado com o mês de Julho/2017. Esseganho ocorreu devido à diminuição dos preços da Cesta Básica douradense no mês de Agosto.

Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, em Dourados, somente 3 apresentaram uma elevação de preços no mês de Agosto. O produto que teve a maior elevação do mêsfoi o pão-francês com 5,46% e pelo segundo mês consecutivo. Os outros produtos que aumentaram de preços foram: afarinha de trigo com 3,40% eo óleode soja com um aumento dos seus preços se compararmos com o mês anterior de 1,24%.
E os 10 produtos dos 13 que compõem a Cesta Básica diminuíram de preços no mês de Agosto, foram: o feijão com 16,50% de queda, pelo segundo mês seguido. Da mesma forma, vários dos produtos a serem apontados em continuação já tinham apresentado uma queda dos seus preços no mês de Julho/2017.

Assim,em agosto, temos que a batata com queda de 12,60%; a carne com 8,67% de queda. Açúcar com uma queda de 6,65%; banana com 4,74%; arroz com 2,83% menor; café com 2,27%; a margarina com diminuição de preço de 2,18%; leite 2,12% menos e com uma leve queda de preços o tomate com 0,50%. No mês de agosto, merece destacar que os produtos que tem maior peso na composição da cesta como carne e tomate diminuíram de preços, um dos fatores que levou à Cesta Básica douradense a diminuir mais de 5% em Agosto.

Mesmo com a queda dos preços dos produtos da cesta básica em Dourados no mês de agosto, reforçamos a nossa sugestão aos consumidores douradenses de que vale a pena a pesquisa nos diversos supermercados da nossa cidade. Apresentamos a diferença de preços entre o supermercado que praticou o preço mais elevado foi de R$ 391,82 e o menor com 109,44 Reais com os mesmos produtos; isto representa uma diferença de R$ 282,38; ou seja, 72,06% menor, um ganho que consideramos compensa o sacrifício de percorrer vários estabelecimentos. Outra sugestão que fazemos é a de verificar também os levantamentos realizados pelo Procon do nosso município, esta instituição coloca sua informação no início de cada mês. O seu método facilita ainda mais a comparaçãodos preços praticados por cada estabelecimento ao apresentar os nomes de cada estabelecimento e os respectivos preços de cada produto que praticam.

Conforme o Dieese, e levando em consideração a determinação da Constituição Nacional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Dessa maneira, em Julho de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$3.810,36, isso significa 4,07 vezes mais do que o mínimo vigente que é de R$ 937,00. E constatamos que no mês de Agosto o salário mínimo necessário era de 3.744,83 que representa4,00 vezes do salário praticado nesse mês, isso significa que os trabalhadores brasileiros tiveram um ganho se comparados com o mês de julho/2017. Da mesma forma que os trabalhadores brasileiros os trabalhadores douradenses tambémtiveram um ganho do poder de compra do seu salário.

A economia brasileira está reagindo positivamente, ainda que de forma gradual à queda dos preços. Com inflação em queda, as taxas de juros da economia também caíram e com isso, o consumo das famílias voltaram a crescer refletindo em crescimento econômico ainda que tímido devido à necessidade da recuperação ser urgente após dois anos de recessão.

Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, em Dourados, somente 3 apresentaram uma elevação de preços no mês de Agosto

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