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quinta-feira, 28 de março de 2024

Briga por política divide indígenas nas aldeias de Dourados

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02/08/2012 14h48 – Atualizado em 02/08/2012 14h48

Flávio Verão

A campanha política está mexendo com a comunidade indígena de Dourados. De um lado, lideranças são a favor da nova medida que barra a entrada de não-índios na Reserva, nesse período eleitoral. De um outro, lideranças criticam essa postura e declaram que o voto tem que ser democrático, devendo os demais candidatos adentrarem as aldeias Jaguapiru e Bororó.

Desde o início da semana começou a valer a medida que barra a entrada de não-índios na Reserva. Fiscais indígenas estão fazendo pente-fino para cumprirem o rigor. A operação é autorizada na justiça e conta com o apoio da Funai e dos caciques Vilmar Martins Machado (Jaguapiru) e César Isnarde (Bororó).

Para Renato de Souza, um dos dezenas de indígenas intitulados capitão da aldeia Jaguapiru, a medida de barrar não-índios é antidemocrática. “Cada um vota em quem quiser. Não sou obrigado a votar em um patrício aqui da aldeia”, disse ele. Três candidatos da Reserva disputam esse ano as 19 vagas da Câmara Municipal.

Renato disse que irá reunir os demais 45 líderes da aldeia Jaguapiru para fazer um outro documento e permitir a entrada dos demais candidatos na Reserva.

As aldeias de Dourados sempre foram locais onde candidatos manipularam os indígenas para arrancar voto. Dos pouco mais de 13 mil indígenas, cerca de 6,5 mil são eleitores, quantidade duficiente para eleger pelo menos três vereadores em Dourados.

Lideranças indígenas fazem barreira na entrada da Reserva e barram cabos eleitorais (Foto: Hédio Fazan/OPROGRESSO)

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