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sábado, 20 de abril de 2024

Fazendas da região podem ser invadidas, garante indígena

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04/06/2013 10h25 – Atualizado em 04/06/2013 10h25

Renan Nucci

Indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru, reserva de Dourados, se uniram nesta manhã em manifesto pacífico de apoio aos terena que estão acampados em fazendas no município de Sidrolândia, desde o último domingo.

O grupo esteve às margens da MS-156 (que não foi bloqueada), saída para Itaporã, e segundo Leomar Mariano, um dos representantes da liderança comunitária, quatro propriedades rurais vizinhas à reserva podem ser invadidas e a rodovia fechada.

“A reintegração de posse em Sidrolândia foi suspensa, mas caso a situação mude e a polícia tente retirar nossos irmãos de lá, nós vamos invadir as fazendas daqui, que também fazem parte das nossas terras”, destacou Mariano.

Os protestos têm sido registrados em diversas regiões de Mato Grosso do Sul. “Não queremos o Brasil todo, queremos apenas um pedaço de chão para que possamos plantar e colher. Queremos um lugar onde possamos criar nossos filhos e que nossos filhos possam criar os deles; uma terra que já era nossa há muito tempo”, afirmou.

Segundo Aguilera de Souza, primeiro vereador indígena de Dourados e presidente da Associação de Vereadores Indígenas de Mato Grosso do Sul, o poder público não tem agido como deve. “Vejo muita parcialidade e descaso. Grandes produtores apoiados por políticos influentes têm sido beneficiados pela Justiça; acredito que este não seja o caminho certo para que as coisas se resolvam”, explicou.

O clima entre fazendeiros e índios está mais tenso desde o dia 30, quando o terena Oziel Gabriel, de 35 anos, acabou morto por tiro durante conflito em Sidrolândia.

No dia 1° de Junho, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Sistema Famasul), Eduardo Riedel, disse por meio de nota que o ambiente é de guerra, e chegou a pedir apoio das forças armadas. “Solicitamos o apoio de tropas federais para garantir a ordem, no momento em que há ameaças à vida e risco de depredação das propriedades privadas”, afirma Riedel.

Grupo é solidário aos terenas que enfrentam reintegração de posse em Sidrolândia. Foto: Dourados Agora

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