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quinta-feira, 28 de março de 2024

Polícia indicia cinco indígenas por morte de PM aposentado

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16/04/2013 13h48 – Atualizado em 16/04/2013 13h48

Flávio Verão e Sidnei Bronka

A Polícia Civil de Dourados indiciou cinco indígenas acusados de participar no assassinato do produtor rural e policial aposentado Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos, em Douradina. A vítima foi torturada e morta a golpes de facão e flecha, na última sexta-feira.

De acordo com o delegado Marcelo Batistela, de Douradina, além de um indígena que já está preso acusado pela morte do produtor rural, outras quatro pessoas também foram indiciadas por homicídio doloso.

No início da tarde desta terça-feira, seis testemunhas indígenas foram ouvidas na delegacia do 1º DP em Dourados, quatro delas acusadas de participação no crime. Segundo Batistela, que acompanhou os depoimentos, todos foram liberados e responderão em liberdade, com exceção de um dos acusados, um indígena de 51 anos, preso no último sábado.

Durante o interrogatório, ainda de acordo com o delegado, as seis testemunhas apresentaram a mesma versão: que o produtor rural, vizinho da aldeia, intimidou os indígenas com vários disparos de arma de fogo e um deles (o que está preso) foi ferido na orelha.

Informaram também que após o conflito um grupo de indígenas revidou, amarrando a vítima e que somente o indígena de 51 anos teria agredido o produtor rural.

O delegado Batistela e o médico legista contestam as informações. Para eles a vítima foi torturada por várias pessoas, devido a grande quantidade de agressões encontradas no corpo.

O advogado dos acusados, Luiz Henrique, diz que seus clientes não têm participação no crime.

Entenda o caso

O produtor Arnaldo Ferreira era o dono de um sítio que faz divisa com a aldeia e, de acordo com delegado Marcelo Batistela, os indígenas cortavam com frequência as cercas da propriedade, fazendo com que o gado escapasse. A polícia apurou que esta situação havia acontecido diversas vezes e que a vítima tentava dialogar com os indígenas, mas sem sucesso.

No início da semana passada houve sério desentendimento e na tarde de sexta-feira, o conflito foi desencadeado. Segundo Batistela, o PM foi capturado e ficou refém por quase duas horas, sofrendo agressões neste período. Um indígena de 51 anos também acabou ferido. Os dois foram levados ao Hospital da Vida, onde Ferreira morreu antes mesmo de receber atendimento médico.

Após receber os primeiros socorros, o indígena foi detido acusado de homicídio, entretanto, alega que não participou das agressões e que apanhou dos companheiros da comunidade ao tentar defender o produtor. O delegado afirma que não são descartadas prisões de outras pessoas.

O advogado dos acusados diz que seus clientes não têm participação no crime.

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