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sexta-feira, 29 de março de 2024

Pesquisadores da USP revolucionam conceitos sobre Parkinson

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A Equipe do Laboratório de Estereologia Estocástica e Anatomia Química (LSSCA), do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – comandada pelo Profº Dr, Antonio Augusto Coppi – acaba de descobrir detalhes inéditas sobre a doença de Parkinson, que tornam vários dos conceitos até aqui vigentes, crenças do passado.

A grande mudança de paradigma ditada pelas novas pesquisas, de acordo com Coppi, é que a doença de Parkinson nem sempre se inicia no cérebro, como os sintomas de tremores e descontrole motor indicam. Na verdade, pode se iniciar pelo sistema nervoso periférico presente em vários outros órgãos: ”Depois sim, a doença pode evoluir para o cérebro” – esclarece Coppi.

Sinais nos Órgãos Afetados Podem Antecipar a Percepção do Parkinson em até 6 anos

Segundo Coppi, como a doença pode começar por outros órgãos diversos, vários sinais que antecedem os sintomas motores clássicos da enfermidade podem manifestar-se até 6 anos antes, como por exemplo: indigestão frequente, dificuldade urinária, fezes ressecadas, deficiência cardíaca, depressão e outras manifestações – que estão sendo estudadas.

O pesquisador informa que 30% das vítimas de Parkinson morrem de complicações nesses outros órgãos, que podem ser sinalizadores biológicos precoces da doença, como por exemplo, a insuficiência cardíaca, a taquicardia e outros problemas do coração. “Os dois órgãos mais afetados com o desenvolvimento da moléstia são o coração e o cérebro; mas ainda não se sabe qual deles é vitimado antes” – acrescenta Coppi.

O cientista antecipa que a idéia é descobrir-se todos os indicadores biológicos prévios dessa doença neurodegenerativa grave, para a sua detecção antecipada e a adoção de tratamentos que retardem ou minimizem os seus sintomas.Em muitos casos, o descontrole motor poderá ser prevenido e completamente evitado.

Técnica Inovadora e Referência Mundial

A pesquisa de Coppi, que utiliza a Estereologia como técnica, associa equipamentos de última geração, softwares ainda pouco utilizados no mundo e muita especialização.

Estereologia é um ramo da ciência que permite a análise de partículas levando em conta as três dimensões (3D): comprimento, largura e profundidade; com a possibilidade da análise na quarta dimensão (4D): tempo. “Com a estereologia, é possível estimar o tamanho real e contar o número total das células de um tecido, o que permite uma precisão muito maior do que as metodologias anteriores (morfometria bidimensional), que costumam levar o observador a interpretações equivocadas”- comenta Coppi.

O Laboratório de Estereologia Estocástica e Anatomia Química (LSSCA) – vide http://www2.fmvz.usp.br/lssca/ – é referência mundial em estereologia e representante da Sociedade Internacional de Estereologia para a América do Sul.

Seguem em anexo documentos internacionais a respeito, incluindo apresentação da pesquisa no Congresso Mundial sobre Parkinson, em Miami.

Serviço: PESQUISADORES DA USP DESCOBREM NOVIDADES SOBRE O MAL DE PARKINSON

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