Nova terapia epigenética mostra resultados promissores para o tratamento de pacientes com recorrência de câncer de pulmão de células não pequenas, de acordo com pesquisa publicada pela Associação Americana para Pesquisa do Câncer.
Os resultados revelam que pacientes que receberam a nova terapia tiveram um tempo de sobrevivência de 6,4 meses em comparação com 4 meses de pacientes não tratados.
Equipe de pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, testou uma terapia de combinação epigenética de azacitidina e entinostat entre 45 pacientes com câncer de pulmão metastático recorrente que haviam sido pré-tratados intensivamente com outras terapias, mas não mostraram nenhuma resposta.
Cada paciente recebeu azacitidina nove dias e entinostat dois dias por mês. Os pesquisadores encontraram uma sobrevida mediana de 6,4 meses com o tratamento, quando a sobrevivência típica para esta população de pacientes é de apenas quatro meses.
Pacientes que apresentaram sinais de reversão de metilação do gene em pelo menos dois dos quatro genes-chave tiveram melhor sobrevida do que o restante, e dois pacientes apresentaram retrações dramáticas do tumor.
Quatro dos 19 pacientes que receberam terapias anticâncer subsequentes tiveram uma resposta objetiva importante ao tratamento posterior imediato com outros agentes.
Sete pacientes permanecem vivos, incluindo dois que iniciaram o tratamento de aproximadamente quatro anos atrás.
“Estamos começando a mostrar a eficácia da terapia epigenética sobre um dos tumores mais difíceis de tratar”, observa o professor Stephen A. Baylin.
A combinação de drogas já havia demonstrado eficácia em pacientes com leucemia. Os pesquisadores esperam que estes resultados levem a maiores estudos clínicos definitivos da terapia epigenética.(Isaude.net)
