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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Dourados combate a violência sexual

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Ana Paula Amaral

O dia de hoje será dedicado ao enfrentamento à violência sexual infantil em Dourados. Hoje é o dia municipal de enfrentamento a este tipo de violência, que cada vez mais atinge crianças e adolescentes no município. De acordo com a Comcex (Comissão Municipal de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes), na maior parte dos casos o agressor está dentro de casa, o que dificulta a comunicação do crime às autoridades.

Para celebrar a data, a comissão lança hoje um concurso de fotografias e frases envolvendo alunos das escolas municipais, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Hoje, em reunião, a comissão se reúne com diretores para incentivar a participação dos alunos a partir da orientação dos professores, que irão levar o assunto para dentro da sala de aula. “Será uma forma de debater o tema e fazer com que os alunos reflitam sobre formas de explorar a criatividade nos trabalhos que irão desenvolver”, explica a coordenadora da comissão, Lindomar Pacheco.

O concurso irá premiar as melhores fotos e também as melhores frases, sempre abordando o tema da violência sexual infantil. O aluno que inscrever a melhor fotografia será premiado com uma máquina fotográfica digital. Já o autor da melhor frase irá receber um aparelho de MP3.

Os trabalhos podem ser inscritos até 15 de agosto e a premiação está prevista para setembro. Os trabalhos serão avaliados por uma comissão.

VIOLÊNCIA SEXUAL

Apesar das ações públicas de combate à violência sexual infantil, a ocorrência deste tipo de crime ainda é bastante comum, segundo Lindomar Pacheco.
Ela explica que, por incrível que pareça, na maior parte dos casos o agressor está dentro de casa – são padrastos, tios, avós e vários outros graus de parentesco, quase sempre praticados por um agressor do sexo masculino contra uma vítima do sexo feminino. A mãe, em grande parte dos casos, não acredita nos relatos da criança, o que pode favorecer a violência. “Por isto, tanto os pais quanto os educadores e outras pessoas do convívio da criança precisam ficar muito atentos a qualquer sinal de violência. Não é preciso ter certeza; a simples suspeita já pode e deve ser denunciada”, diz ela.

Segundo a coordenadora, são várias as marcas deixadas por uma agressão – a maior parte no comportamento e não no corpo. Sintomas como depressão, tentativa de suicídio, falta de apetite, sono perturbado e queda no desempenho escolar devem ser avaliados. “Em muitos casos a agressão não deixa marcas físicas, principalmente quando o ato não é consumado. Por isto, é preciso detectar pelo comportamento da criança, que inevitavelmente é alterado”, orienta.

Segundo estudos, a violência ou exploração sexual infantil podem causar problemas psicológicos na criança que podem se estender até a vida adulta, incluindo depressão, relação conflituosa com o sexo oposto, medo de pessoas do outro sexo e até transtornos mentais que precisam ser controlados com medicação.
Por isto, a Comcex orienta que qualquer suspeita deve ser denunciada aos órgãos competentes – como Conselho Tutelar, Vara da Infância e Juventude ou Ministério Público Estadual.

Dourados combate a violência sexual

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