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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Lideranças e servidores da Missão fecham MS 156 em protesto pela saúde indígena

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O objetivo do manifesto pacífico é protestar contra edital e cobrar atenção à saúde indígena que sofre com a falta de medicamentos, transporte precário, terceirizações, entre outros entraves

06/03/2018 09h14 – DouradosAgora

fotos – Cido Costa/DouradosAgora

Edital relativo à saúde indígena vem mobilizando funcionários da Missão Cauiás, que há décadas cuida do setor em Dourados. Lideranças e funcionários da institução estão fechando a via de acesso a Itaporã, a MS-156 que corta a Reseva.

De acordo com o médico pediatra da instituição, Zelik Trajber, que há alguns anos denunciou o estado de desnutrição de crianças destas populações tradicionais, o objetivo do manifesto pacífico é protestar contra a nova medida e cobrar atenção à saúde indígena que sofre com a falta de medicamentos, transporte precário, terceirizações, entre outros entraves. O ato público também ocorre na saída de Campo Grande para Jaraguari, na BR-496, concomitante ao Fórum dos Presidentes do Conselho Distrital de Saúde Indígena, no Distrito Federal.

Em entrevista ao DouradosAgora, o médico Zelik Trajber, explica que este novo edital ameaça e desqualifica o trabalho da Missão Caiuás e ‘elege’ uma outra instituição conveniada. De acordo com o médico, a referida instituição de Sabará, em Minas Gerais, “não teria qualquer experiência com a gestão da saúde indígena”. No entanto, sem a anuência das lideranças, parece que poderia eventualmente assumir este trabalho. Zelik disse ao DouradosAgora que, ao invés de solucionar o mal crônico da falta de gestão relativo ao funcionamento da Saúde Indígena, agora “inventaram” outro problema.

O pediatra da Missão conta que houve um novo chamamento público, o que segundo ele “desqualifica” o trabalho da instituição em Dourados que já foi auditada diversas vezes e comprovou sua eficiência.

De acordo com Zelik, o novo edital tira alguns itens fundamentais para as nações indígenas locais. O foco seriam pesquisas que, segundo avaliação dele, no momento não é item principal já que a Missão detém as estatísticas epidemiológicas, entre outras, e juntamente com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Unigran, fomenta as necessárias pesquisas para a otimização da gestão no setor de saúde indígena.

“Colocaram – neste edital – a questão de pesquisa como o mais importante”, diz Zelik Trajber, lembrando das dificuldades pelo que passa o setor de saúde indígena.

O médico alerta que estão desrespeitando a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tem como prerrogativa a consulta junto às comunidades tradicionais frente a qualquer decisão que diz respeito aos índios.

*notícia atualizada

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