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Assessor especial da Presidência defende aparelhamento

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O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, defendeuontem (27) o reequipamento das Forças Armadas dos países sul americanos. Garcia participou de evento para diplomatas da América do Sul, no Rio de Janeiro, promovido pela Fundação Alexandre de Gusmão.”Elas [as Forças Armadas] têm de ser adequadamente aparelhadas para aqueles desafios que nós considerarmos que são os desafios pertinentes ao país”, afirmou Garcia durante palestra.

O assessor especial da Presidência da República admitiu, inclusive, a necessidade de aparelhar as Forças Armadas, no caso do Brasil em especial, para garantir a segurança de novas descobertas petrolíferas, como a da província de Tupi, na Bacia de Santos. Essa possibilidade foi defendida, este mês, pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, que participou da Conferência do Forte de Copacabana sobre Segurança Internacional.”Nós precisamos proteger o nosso território, proteger a Amazônia, a Amazônia Azul, que é a nossa faixa litorânea”, disse Garcia. A riqueza ambiental da biodiversidade e os recursos energéticos poderiam, por outro lado, contribuir para atrair “tumultuadores” à tradicional região de paz do continente, reconheceu Marco Aurélio Garcia.

“Mas nós vamos justamente nos proteger para que isso não ocorra. A riqueza, quando bem compartilhada, é um fator de paz. Não é um fator de conflito.” “Então, justamente pelo fato de os governos estarem tão empenhados no desenvolvimento equilibrado da região, os planos sociais estarem fortemente incorporados às políticas econômicas, é normal portanto que esse desenvolvimento em paz se aprofunde”, avaliou.

Garcia analisou que a América do Sul tem condições de se tornar um ator importante no futuro cenário global multipolar. Para isso contribuem vários fatores, entre os quais o grande potencial energético da região, o fato de os países serem grandes produtores de alimentos, os recursos acumulados em termos de água e a biodiversidade.

Garcia enfatizou que se trata de uma região onde impera a democracia. “É uma zona de paz”, onde existe, segundo ele, um sentimento forte de integração. Entretanto, há problemas a serem resolvidos, reconheceu Garcia. Um dos principais é o desequilíbrio social, além de problemas de ordem política.

Para resolver as assimetrias na região, o assessor especial do presidente Lula recomendou a criação de uma infra-estrutura comum e a integração energética. “E complementação produtiva para substituir importações”, salientou.

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