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Plenária elege qualidade do ensino básico como prioridade para o País

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Ampliar a qualidade do ensino básico é fator prioritário para o crescimento e desenvolvimento do País.

Esse é um desafio que envolve políticas públicas e o comprometimento de vários setores da sociedade.

Apesar dos esforços empreendidos em relação ao acesso à escola e a criação de programas de avaliação de desempenho, a educação brasileira ainda necessita de medidas urgentes para atender às necessidades da população.

A problemática sobre a importância da “Educação de Qualidade desde a Primeira Infância” foi apresentada na plenária 4, nesta quinta-feira (27), segundo dia da 4ª Conferência Nacional da Ciência e Tecnologia (CNCTI), em Brasília.

O professor João Lucas Marques Barbosa, da Universidade Federal do Ceará (UFC) fez um relato das contribuições do Seminário realizado, em abril, na Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação. O evento fez parte de um dos encontros preparatórios que antecederam a conferência.

Barbosa citou iniciativas como a Olimpíada Brasileira de Matemática (Obmep), o Projeto Mão na Massa – que envolve estudantes em atividades de pesquisa, e o Programa de Aproveitamento de Tecnologia da Informação nas escolas, entre as recomendações sugeridas para estimular o aprendizado dos estudantes.

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Marco Antônio Raupp, coordenador do painel, destacou a superioridade do tema em relação às outras plenárias. O representante da SBPC sustentou que a Inovação e a sustentabilidade exigem formação qualitativa sem precedentes.

“Estamos perante um desafio histórico. O conhecimento ocupa espaço cada vez mais amplo. Há um lapso enorme sobre o que precisamos de educação e o que ela nos oferece.

Não estamos conseguindo dar a educação adequada”, observou. O coordenador afirmou ainda que não bastam os esforços públicos. “É preciso ousadia e envolvimento de toda a sociedade para superar problemas de urgentes e de longo prazo”.

O palestrante Carlos Simões, do Ministério da Educação (MEC), apresentou as ações da pasta para ampliar o acesso à educação básica e melhorar a qualidade do ensino.

“O desafio é alcançar uma educação de qualidade para todos, até agora restrita. Isso é novidade. Por mais que a gente faça, o déficit é muito grande e o país ainda tem dificuldade para melhorar a proficiência dos estudantes”, reconheceu.

Para o professor Morzart Neves Ramos, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Brasil evoluiu muito. Hoje, 53 milhões de crianças e jovens estão na escola.

Mas, segundo ele, apesar de existir o Fundo da Educação Básica (Fundeb) e as avaliações de desempenho, é preciso melhorar o ensino, pois grande parte dos alunos passa pela escola sem aprender.

“Apenas 9% dos alunos aprendem realmente matemática até o final do ensino médio. Os países desenvolvidos atraem de 20 a 30% dos mais bem preparados do Ensino Médio para o magistério. O Brasil faz o inverso”, frisou.(Ministério da Ciência e Tecnologia )

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