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Experiência brasileira em biofortificação é destaque em conferência global

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05/04/2014 12h00

Projetos realizados no País podem contribuir para a disponibilização de alimentos mais nutritivos à população mundial.

Variedades de arroz, feijão, batata-doce (foto), mandioca, milho, feijão-caupi, abóbora e trigo com maiores teores de pró-vitamina A, ferro e zinco.

Alguns desses produtos começam a deixar os laboratórios e campos experimentais para serem cultivados por agricultores de municípios do Piauí, Maranhão e Minas Gerais, entre outros estados.

E também estão sendo incluídos na merenda escolar, onde sua eficácia na prevenção de doenças em crianças é avaliada por cientistas.

A experiência brasileira com o desenvolvimento de alimentos mais nutritivos foi apresentada entre os dias 31 de março a 2 de abril, durante a 2ª Conferência Global sobre Biofortificação.

O encontro realizado na cidade de Kigali, em Ruanda (África), reuniu cerca de 300 representantes nacionais, regionais e internacionais de governos, empresas e da sociedade civil, incluindo formuladores de políticas de países da África, Ásia e América Latina, onde as culturas biofortificadas têm sido lançadas com sucesso.

Durante três dias, especialistas de várias áreas discutiram os avanços, desafios e oportunidades para a disponibilização de alimentos mais nutritivos à população mundial.

Coordenada pela Embrapa, a Rede BioFORT de projetos de biofortificação de alimentos no Brasil apresentou os resultados de trabalhos que pretendem contribuir com o combate à deficiência de micronutrientes no organismo humano, a popular fome oculta, que provoca a anemia e a cegueira noturna.

A iniciativa conta com a parceria dos projetos de pesquisa HarvestPlus e AgroSalud, financiados pela Agência de Desenvolvimento Internacional do Canadá (CIDA), pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) e também pela Fundação Bill e Melinda Gates.

A líder da Rede BioFORT, a pesquisadora Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Guaratiba, RJ), falou sobre o andamento das ações com cultivares biofortificados na América Latina e Caribe.

No Brasil, o trabalho é realizado por 11 centros de pesquisa da empresa, além de universidades e institutos federais de pesquisa, com apoio de governos estaduais e municipais.

Também participaram do evento o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroindústria de Alimentos, o pesquisador José Luiz Viana, um dos coordenadores do BioFORT, a nutricionista Andrea Galante, do Programa Mundial de Alimentos, e a jornalista Fabíola Ortiz, da IPS – Agência de Notícias.

Outros presentes foram Mankombu Swaminathan, primeira pessoa a receber o Prêmio Mundial da Alimentação; Akinwumi Adesina, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural da República Federal da Nigéria, e Chris Elias, presidente de Desenvolvimento Global da Fundação Bill & Melinda Gates.
(Embrapa)

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