Início Notícias Dourados Reajuste deixa gás GLP até 10% mais caro em Dourados

Reajuste deixa gás GLP até 10% mais caro em Dourados

0

19/09/2014 11h08 – Atualizado em 19/09/2014 11h08

Reajuste do gás GLP deixa produto até 10% mais caro em Dourados

Em Dourados, o botijão de gás mais caro é encontrado a R$ 58 e o mais barato a R$ 52; aumento varia de 7 a 10%

Luiz Radai

O aumento do gás de cozinha – GLP chegou em setembro motivado pelo dissídio coletivo das empresas distribuidoras em todo o país, segundo distribuidores, e o consumidor comum pode pagar até R$ 58 reais por um botijão de 13 quilos em Dourados. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo) que pesquisa semanalmente os valores nas distribuidoras e registrou de 7 a 11 deste mês os preços em 34 pontos de venda na cidade. O gás mais barato é encontrado no jardim Piratininga e o mais caro no Parque do Lago.

Segundo a Agência, na segunda maior cidade do Estado, o botijão mais barato pode ser encontrado a R$ 52 reais e o mais caro a R$ 58. Mauro Victol, gerente de uma empresa revendedora, informa que o reajuste repassado pela distribuidora foi de 7,5% e é resultado de um aumento anual do salário dos funcionários destas empresas. “É normal nesta época do ano este aumento repassado por conta dos gastos com a folha de funcionários, e também esta inflação que temos visto”, disse.

O distribuidor Rubens Pretti, também falou do repasse ao consumidor, e ressaltou a situação do setor que, segundo ele, tem trabalhado no vermelho. “Se continuar assim vamos quebrar. O repasse dos gastos que temos nem sempre é o ideal. O consumidor se revolta com o preço, mas nós temos uma folha salarial para pagar, pagamos pneu, motoristas, entregadores, telefone, gasolina, diesel. E tudo isso está caro para nós também”, disse.

Pretti diz que um preço ideal para a realidade de Dourados, em relação a custos de manutenção de frota e funcionários, seria R$ 63 por botijão. “Temos trabalhado no vermelho. Antigamente o gás de cozinha podia ser de até 10% do salário mínimo. Quanto está o salário hoje?”, questiona. A manutenção da frota, segundo ele, também tem colocado o setor em situação delicada. “Hoje mesmo, estou aqui na mecânica com um caminhão quebrado. Qualquer concerto em um carro destes é 4 ou 5 mil”, disse.

REPASSE

Um dos setores que pode ser o principal a repassar o aumento do gás para o consumidor no serviço que presta é o de restaurantes. No entanto, esta parcela ainda não recebeu o reajuste, pelo menos segundo alguns proprietários e não deve repassar, por enquanto.

“O valor não foi repassado ainda. Muito porque recebemos gás a granel e esse tem um tratamento diferenciado. No entanto, acho que vamos ter aumento e só depois disso saberemos como proceder”, disse Luiz Antonio, dono de um restaurante no centro.

Em outro estabelecimento, a atendente repassou a mesma informação. “Não recebemos aumento ainda. Recebemos gás a granel também”, disse.

O gerente Mauro Victol disse que, para este tipo de serviço das distribuidoras – o gás a granel – o repasse é feito em pequenas quantias durante todo o ano e, por isso, um aumento junto ao gás de botijão não se justifica.

Sair da versão mobile