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Homens idosos estão mais insatisfeitos com o corpo do que as mulheres

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10/01/2015 08h00

Pesquisa mostra que homens idosos estão mais insatisfeitos com o corpo do que as mulheres

Essa é uma das conclusões da pesquisa realizada com a população de base do Estudo ELSA-Brasil.

De acordo com uma pesquisa realizada pela aluna de mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Liliane da Silva Albuquerque, os homens idosos estão mais insatisfeitos com seus corpos do que as mulheres devido ao excesso de peso.

Essa é uma das conclusões da pesquisa realizada com a população de base do Estudo ELSA-Brasil, que avaliou 15.105 funcionários públicos das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil com o objetivo de analisar a associação entre a insatisfação com a imagem corporal (IC) e variáveis sóciodemográficas, hábitos e comportamentos relacionados à saúde, segundo estratificação por sexo e por idade (adultos entre 35 e 59 anos e idosos entre 60 e 75 anos de idade).

Orientada pela pesquisadora Maria de Jesus Mendes da Fonseca, a pesquisa feita por Liliane descobriu que apesar dos homens idosos apresentaram prevalência elevada de insatisfação com a sua IC por excesso de peso, as mulheres idosas estão mais acima do peso.

Também há prevalência mais alta de insatisfação com a IC por baixo peso entre os idosos quando comparados às idosas.

Liliane observou altas prevalências de insatisfação com a IC em todos os grupos. Entre os homens foi observada prevalência mais elevada de insatisfação com a IC por baixo peso, enquanto que entre as mulheres foi mais elevada a insatisfação com a IC por excesso de peso.

Foram observadas associações significativas nos modelos ajustados, entre a IC e a escolaridade (entre os adultos), com o estado civil (entre as mulheres adultas e homens idosos), com a prática de atividade física (entre os adultos), com o consumo de frutas e verduras (mulheres adultas e idosas respectivamente), com o consumo de álcool (homens adultos e mulheres idosas) e com o hábito de fumar (em todos os grupos).

Segundo a aluna, o conceito de IC é amplo, sendo que sua construção envolve processos fisiológicos, psicológicos e sociais e pode ser entendido como a figuração do corpo formada na mente do sujeito, que nem sempre reflete de fato a figuração real do corpo em questão.

Dentre os fatores que podem afetar a IC, ela cita a internalização de mensagens e imagens expostas pela mídia de uma forma geral.

“O modelo de corpo ideal comumente veiculado é pautado em corpos extremamente magros para as mulheres e fortes e musculosos para os homens, modelos dificilmente alcançáveis e que não representam necessariamente modelos ideais para saúde dos indivíduos.

Essa pressão favorece o desenvolvimento de distorções e insatisfação com a IC, resultando em comportamentos de risco para a saúde como os distúrbios alimentares.” (Portal Fiocruz)

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