04/03/2015 08h00
Em algumas regiões, como no estado do Tocantins, a variação chegou a quase 700%.
Estudo realizado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), em conjunto com pesquisador da Universidade de Brasília, aponta uma valorização média das terras de 308% entre 2002 e 2013.
Em termos comparativos, a taxa de inflação dada pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi de 121,9% no mesmo período.
A terra representa no Brasil 70,5% do valor dos bens existentes nos estabelecimentos agropecuários. Os demais valores são distribuídos em prédios, instalações e benfeitorias, lavouras permanentes e temporárias, matas e outros bens, como veículos, máquinas e animais.
Segundo José Gasques, da AGE, um dos autores do estudo, cerca de 60% do valor das terras do país encontram-se em estabelecimentos acima de 200 hectares; estes somavam 252,4 mil estabelecimentos no Censo de 2006 e representam 5,0% do total dos estabelecimentos levantados pelo IBGE.
O estudo concluiu que a produtividade agrícola tem forte correlação com o preço de terras de lavouras e de pastagem.
Assim, o aumento da produtividade agrícola pode estimular a demanda de terra, como também arrefecer uma eventual pressão sobre o aumento do preço.
Os preços dos produtos agrícolas, expressos pela relação de trocas da agricultura também forçaram a tendência crescente dos preços de terras de lavouras e de pastagens.
Por fim, o crédito rural, especialmente o de investimento, tem sido um dos fatores que têm contribuído para a valorização de terras no Brasil.
O estímulo ao crédito de investimento através de programas e políticas específicas foi essencial para a elevação do preço de terras e para sua valorização.
(Ministério da Agricultura)