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Excesso de árvores Oiti pode acarretar problemas em Dourados

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07/10/2015 17h16 – Atualizado em 07/10/2015 17h16

Falta de variedade pode gerar prejuízos ao meio ambiente; moradores optam pela espécie devido a praticidade da planta

Flávio Verão

Com cerca de 250 mil árvores, Dourados é uma das cidades mais arborizadas do Estado. Sibipiruna, aquela da folha pequena, é a espécie que ainda lidera no município. Porém, nos últimos 15 anos, os douradenses vem substituindo essas árvores, que “fazem sujeira”, pela espécie Oiti, muito na moda. Isso porque, os moradores preferem esse tipo de muda porque as raízes não estragam as calçadas. Mas a escolha em grande escala pode se tornar um problema no futuro.

A dona de casa Rosa Maria Almeida escolheu a árvore pela sombra que ela proporciona. “Eu achei que ela é um tipo mais adequado para a calçada. Não faz muita sujeira, por isso é algo prático. Além da sombra boa para descansar em baixo”, conta.

A praticidade da árvore pode trazer consequências no futuro. Segundo a engenheira agrônoma Rosilene Ferreira, da Secretaria de Serviços Urbanos da prefeitura, o problema ocorre nas podas que reduzem o tempo de vida da Oiti para cerca de 20 a 25 anos.

“Isso trará problemas para Dourados lá na frente, avalia, referindo-se a uma possível morte de árvores em larga escala. Porém, se não fizer poda, a Oiti torna-se uma árvore muito grande e produz frutos que atrai morcegos, podendo ser um problema à saúde pública.

Ela aconselha a necessidade de escolher a espécie certa antes de fazer o plantio, pois é fundamental diversificar o tipo de árvore. “O importante é ter uma variação de espécies para evitar até pragas. Isso acontece com as cidades que fazem um plantio exagerado da Oiti”, ressalta.

A recomendação máxima é de cerca de 10% de uma espécie por cidade. Mas Dourados, segundo a engenheira agrônoma, já ultrapassou o índice necessário de Oiti. “A prefeitura faz essa recomendação aos moradores, para diversificar as espécies. Contamos com o bom senso e colaboração para não termos problemas no futuro”, afirma.

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