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Sindicato do Transporte repudia aumento do pedágio em vigor na 163

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Passa a valer, desde ontem, o aumento de 0,74% no valor do pedágio em MS

Por: Douradosagora – 15/09/2016 07h58

Passa a valer, desde ontem, o aumento de 0,74% no valor do pedágio da BR-163. Até o dia 13 deste mês, o motorista de um carro de passeio gastava R$ 55,00 para percorrer a rodovia. Agora, desembolsa R$ 55,40.

O aumento é autorizado anualmente pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANNT), que usa o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, que foi de 8,74%.

Mas ao mesmo tempo em que concedeu este índice, a ANTT reduziu a remuneração por quilômetro percorrido por entender que a CCR Via descumpriu cláusulas do contrato de concessão.

Por isso, em Mundo Novo, o pedágio teve a tarifa reduzida, passando de R$ 4,70 para R$ 4,60. Em quatro pontos de cobrança o valor ficou o mesmo e nas outras quatro, o reajuste variou entre 1,6% a 2,8%.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas de MS (Setlog/MS), Cláudio Cavol, não deveria ter tido aumento nenhum, pois os valores praticados no primeiro ano de cobrança já estavam bem acima do previsto quanto foram cotados em 2012. “Quando a cobrança começou, em setembro 2015, a CCR Via já cobrou em torno de R$ 2,10 a mais do que o previsto na licitação, alegando serviços extras não previstos no contrato, sendo que a duplicação dos 806 quilômetros, que é uma obrigação contratual tem apenas 12% concluída”, explica Cavol.

Os valores iniciais previstos pela CCR Via na tomada de preço sofreram um aumento de cerca de 48% desde a previsão inicial, em 2012, até a cobrança efetiva, em setembro de 2015. A concessionária assumiu a rodovia em abril de 2014.

Hoje, um caminhão de 12 eixos, para atravessar o estado gasta R$ 394,80 em pedágios, sem ter a estrutura adequada que justifique esse valor. “As melhorias que a privatização trouxe para a BR 163 não justificam os gastos nas nove praças de pedágio, uma das mais caras tarifas praticadas no Brasil”, lembra o presidente.
Pelos números apresentados pela concessionária, a cobrança rende cerca de R$ 830 mil por dia. Dos 806 quilômetros previsto em contrato para duplicação até 2019, até agora, apenas 97 quilômetros foram terminados.

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