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Feirantes pedem intervenção do MP para obra inacabada

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Trabalhadores denunciam que adequações prometidas na gestão passada não foram cumpridas e que estrutura não oferece condições para manter perecíveis.

Por: Valéria Araújo – 09/01/2017 06h44

Feirantes de Dourados estão pedindo a intervenção do Ministério Público para sanar problemas crônicos da nova feira, entregue de forma inacabada à população. Segundo eles, as adequações prometidas na gestão passada não foram cumpridas e, por isso a estrutura não oferece condições para manter principalmente os perecíveis. Os trabalhadores que chegaram a pedir o embargo da obra em novembro do ano passado, voltam ao MP, desta vez para pedir intercessão a cerca das adequações que precisam ser feitas no local.

Segundo eles, diferentemente da Rua Cuiabá, em que haviam grandes árvores para proteger do sol, na nova estrutura o calor intenso mata as hortaliças, causando prejuízo. Em dias de chuva, nem as “gambiarras” protegem os clientes. “Na Cuiabá, tínhamos as árvores que protegiam e faziam sombra o dia inteiro. ontávamos as bancas já sabendo o que precisava, com lonas e amarrações porque cada um montava do seu jeito. Aqui é uma estrutura que terá que ser adaptada e não sabemos como adaptar sem mudar. Não participamos do projeto, não fomos ouvidos para dar uma sugestão sequer e isso dificultou as coisas. Poderiam ter evitado muito desgastes se tivessem chamado os feirantes para discutir o projeto. Agora é sentar com a nova administração e procurar as melhorias necessárias”, disse um dos feirantes que preferiu não se identificar.

Conforme ele, prometeram uma estrutura coberta e segura e entregaram duas colunas de ferro com uma lona em cima e boxes sem espaço. “O objetivo foi apenas inaugurar para tirar fotografia. Fomos obrigados a sair da Cuiabá porque a Prefeitura não colocava guarda patrimonial no local e um morador, com razão, procurou a Justiça para denunciar transtornos que ocorriam no período noturno e ganhou. Tivemos que sair de onde a gente estava para ir para uma estrutura ainda pior. Em dezembro a prefeitura disse que faria adequações, mas depois da inauguração e dos flashs ninguém mais apareceu”, conta.

Os feirantes reclamam de várias irregularidades. O primeiro é o número de boxes insuficientes e o tamanho reduzido dessas estruturas. Também falta de local para carga e descarga de produtos, o que obriga os hortifrutigranjeiros a andar vários metros com os produtos até chegar aos boxes. Outro problema apontado é que, com tamanho mínimo das tendas disponibilizadas, não há espaço para guardar estoque de produtos. Os feirantes também apontaram a falta de banheiros.

Nova gestão

O atual secretário de Agricultura e Economia Solidária Landmark Ferreira disse que fará um levantamento sobre as adequações necessárias e que pretende se reunir com os feirantes para amenizar os transtornos. Também vai verificar quais as obras que serão realizadas na segunda etapa da construção da feira.

Segunda etapa

A redação apurou que Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) depositou no dia 27 de dezembro do ano passado R$ 747.176,62 para a segunda etapa das obras da Feira Livre de Dourados. Os valores fazem parte de duas emendas individuais no valor de R$ 1.218.750,00 asseguradas pelo senador Waldemir Moka (PMDB) e pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB), totalizando mais de R$ 2,4 milhões.

A segunda etapa das obras de construção da Feira Livre de Dourados consiste na cobertura do apoio administrativo e operacional, que contém 4 salas de apoio aos feirantes/agricultores, sendo 1 da direção, 1 de apoio às famílias, 1 de manutenção operacional e 1 da brigada de incêndio.

O dinheiro também será usado para a construção de banheiros, casa de transformador e acesso de armazenamento de lixo. Os R$ 747.176,62 chegaram aos cofres municipais através das Ordem Bancárias números 801649 e 801756. Com os recursos viabilizados por Geraldo Resende e Waldemir Moka serão construídas a praça de alimentação coberta, estacionamentos, banheiros e cercamento, totalizando 2.283,17 m² de área construída. As áreas cobertas são a praça de alimentação, com 2.043 m², o banheiro principal, com 146,39 m², o banheiro secundário, com 57,37 m², e a casa do transformador, com 36,38 m². O piso para a área de hortifruti terá 3.168 m², o para armarinhos e vestuários (camelôs) 3.472 m² e o piso de exposições e eventos 1.000 m².

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