Por: Flávio Verão – 26/01/2017 13h56
Famílias moradoras em bairro improvisado pela gestão passada da prefeitura de Dourados tiveram a luz cortada e ameaçam bloquear a BR-463, entre Dourados a Ponta Porã.
Na manhã desta quinta-feira (26) a concessionária Energisa foi até o local e cortou a luz. Pelo menos 150 famílias moram em um espaço nas imediações da sitioca Campo Belo, próximo à Embrapa. A ligação de energia de todos eles é clandestina.
Os moradores pedem regularização da área para a Energisa instalar rede elétrica. Eles foram levados para a área a convite da prefeitura.
Em nota, a Energisa esclarece que os moradores da Sitioca Campo Belo estavam utilizando a rede de energia elétrica de forma ilegal por meio de ligações clandestinas. “Vale ressaltar que a concessionária atua em todo o Estado no combate a furtos de energia, uma obrigação regulatória determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além de ser crime e gerar impacto nas tarifas de clientes regulares, as ligações clandestinas oferecem riscos à população, sobrecarregam e comprometem a confiabilidade da rede de distribuição de energia”, destacou a concessionária em nota.
Improvisação
A área na sitioca Campo Belo pertencente a prefeitura e começou a ser ocupada em 2014. Na época dezenas de famílias ocupavam uma terreno, também da prefeitura, no Jardim Climax, ao lado da Via Parque. Houve reintegração de posse e com o despejo foram direcionadas de forma temporária para a Campina Verde.
Já em maio de 2015, outras famílias que invadiram 450 casas em fase de finalização no conjunto habitacional Dioclécio Artuzi III, também foram despejadas e parte delas remanejadas para a Campo Belo. De lá para cá muitos construíram casas de alvenaria, formando um bairro. Agora querem regularização da área.
Ocupações têm sido cada vez mais comum em Dourados. Em 2009 famílias invadiram uma área particular denominada cancha, no bairro Jockei Clube. O local ganhou nome de Vila Nova e a maioria das moradias já são de alvenaria.
Outra área ocupada, em 2014, fica no Parque do Lago I, ao lado de uma área de preservação ambiental. Todos os invasores também ergueram casas de alvenaria e cercaram os terrenos.
