15/07/2014 09h40 – Atualizado em 15/07/2014 09h40
Projeto transforma rodoviária em centro comercial
Elvio Lopes
Quatro anos após a desativação do antigo terminal rodoviário de Campo Grande, onde funcionava um movimentado centro comercial popular e registrava grande movimento de usuários da área urbana e procedentes de outras regiões do Estado e do País, os poderes Executivo e Legislativo voltaram a abordar a revitalização do espaço, que há dois anos ganhou um movimento pela sua recuperação.
Ontem, o prefeito Gilmar Olarte reuniu-se com seus principais assessores e com a presidente da Associação dos Comerciantes da antiga rodoviária, o Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, Heloisa Cury, para definir algumas medidas de ocupação do espaço, com revitalização e intervenções que o transformem em um novo centro comercial na Capital.
A Câmara Municipal também resolveu discutir o assunto, marcando para a tarde de hoje (15), uma audiência pública a partir das 17h, organizada pela Comissão Permanente de Indústria, Comércio, Agropecuária e Turismo, formada pelos vereadores Paulo Pedra (PDT-presidente), José Airton Saraiva (DEM), Paulo Siufi Neto e Vanderlei da Silva Matos, o Vanderlei Cabeludo, ambos do PMDB.
O complexo, que funcionou por mais de 30 anos e que dispõe de 150 lojas fechadas, dois cinemas com 600 lugares cada, que podem se transformar em salas de exibição, teatro e centro de convenções, poderá contar com repartições públicas municipais, além de espaços culturais e que deve contar com a revitalização também do entorno da antiga rodoviária, que passou por um período de degradação urbanística e social.
O município é proprietário de 2.250 metros quadrados do terminal e vai propor aos proprietários do condomínio a desapropriação de alguns dos espaços do complexo que, segundo levantamentos do Município, deve mais de R$ 2,5 milhões em Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para instalar algumas secretarias e autarquias, além de espaços para manifestações culturais.
Durante a reunião, Olarte determinou a seus auxiliares que efetuem um orçamento de custos para transformar em praça de alimentação a antiga plataforma de ônibus do transporte urbano, atualmente utilizada durante o dia por vendedores autônomos de veículos e à noite, por proprietários de barracas de lanches. Uma das plataformas pode ser utilizada como terminal de transbordo do transporte coletivo e outra, de embarque e desembarque de vans e ônibus de turismo e a “pedra” seria removida para outro local.
O diretor do Instituto Municipal de Planejamento (Planurb), Marcos Antonio Cristaldo, explicou que uma das propostas é adotar um modelo semelhante ao da feira central, com o fechamento da rua Vasconcelos Fernandes – entre as ruas Dom Aquino e a Barão do Rio Branco -, instalação de banheiros e abertura de licitação por meio da qual outros permissionários possam se habilitar para explorar o negócio oferecendo outras alternativas de alimentação além de lanche.
Ao final da reunião, Heloisa Cury garantiu que, se o município adotar alguma iniciativa concreta para trazer o público de volta ao antigo terminal, vai cobrar investimentos dos proprietários, como exigir a pintura geral do prédio, a substituição das portas de metal por de blindex e que vai procurar os proprietários dos imóveis da região que estão abandonadas, solicitando deles algum aproveitamento dos prédios.
