25/07/2014 07h59 – Atualizado em 25/07/2014 07h59
Fátima Frota (pedagoga), com a colaboração de Carlos Magno Mieres Amarilha (historiador/professor)
O 25 de julho é um dia para homenagear o escritor brasileiro, aquele que elabora artigos científicos, pautados em verdades comprovadas, ou textos literários, divididos em vários gêneros. Escritor é esse ser que faz com que as pessoas vejam o mundo através de seus olhos. Um escritor é todo aquele que dedica parte do seu tempo às letras, seja profissionalmente ou não. Em Dourados tem importantes escritores, dentre eles, Emmanuel Marinho, Paulo Nolasco, Blanche Torres, Carlos Magno Amarilha, Lori Alice Gressler, Wilson Biasoto, Nicanor Coelho e Ruth Hellman.
Assim como no Brasil, Dourados tem a sua história de conquistas na área da leitura e dos livros. Foi por meio dos jornais que a produção literária começou a ser divulgada. O primeiro jornal do município, “O Douradense”, publicou em seu primeiro número um poema em homenagem a Dourados. O jornal existiu de 1948 a 1950.
O jornal O PROGRESSO participou da história da produção literária no município. Os escritores publicavam na Página Literária (1955), Coluna literária e Cantinho da musa (1960), Coluna estudantil e Coluna universitária (1970).
As escritoras do livro “Manifestações Literárias em Dourados”, de 1985, Áurea Rita de Ávila Lima Ferreira e Telma Valle de Loro destacam que a partir da fundação do O PROGRESSO, em 1951, pelo jornalista e poeta Weimar Torres, o jornal se constituiu num dos fatores de desenvolvimento cultural, em Dourados. O jornal até hoje apoia os escritores locais.
A necessidade da produção de livros surgiu num momento em que Dourados estava em situação emergente e faltava uma instituição para agregar os escritores locais e promover ações culturais na área da literatura. Foi no ano de 1991. “Com a criação da Academia Douradense de Letras essas demandas foram resolvidas passando a ser uma referencia cultural em Dourados”, destacou o editor Nicanor Coelho, com mais de trezentos títulos de autores publicados em Dourados. No inicio dos anos noventa era publicado cerca de cinco livros por ano, atualmente são mais de trinta títulos de autores locais.
Em 1997, os escritores douradenses conquistam mais espaço com a fundação do Grupo Literário Arandu: São criadas a Revista Arandu para a divulgação dos trabalhos e a Livraria do Escritor, para comercializar as obras literarias de Dourados e Mato Grosso do Sul.
Os livros dos escritores douradenses são lidos, debatidos em sala e levados para outros países pelos turistas, como conta o escritor e historiador Carlos Magno Amarilha, presidente do Grupo Literário Arandu.
Uems e UFGD.
A produção de livros aumentou consideravelmente com as editoras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
A Editora da Uems, criada em 4 de abril de 2003, incentiva e apoia à produção e à publicação de trabalhos técnicos/científicos, livros, textos resultantes de pesquisa, além de textos didáticos e culturais. A Editora publicou 19 títulos.
A Editora da UFGD, criada em 2006, tem 117 obras com o selo da UFGD. Ela publica e divulga a produção científica de docentes, estudantes e técnicos.
O leitor pode encontrar livros de escritores douradenses em vários pontos de Dourados como o Bazar da Poesia, a Livraria do Escritor (em frente ao Hospital da Vida), as bibliotecas públicas, (Professor Chester –Praça do Cinquentenario) e Vicente de Carvalho (Praça Mario Correa) e bibliotecas escolares.
A data
O dia do escritor foi criado a partir da década de 1960, por meio de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, na ocasião do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, a que os dois eram presidente e vice-presidente, respectivamente. “O escritor é um criador de imagens, personagens, fantasias, que nos leva a navegar pelas histórias de vidas reais ou inventadas(…) Ele é o incentivador da leitura”, destaca Carlos Magno Mieres Amarilha, presidente do Grupo Literário Arandu,
