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domingo, 12 de maio de 2024

Brasil é o país em que homens e mulheres têm o maior número de parceiros sexuais

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Estudo revela que o Brasil é o país em que homens e mulheres têm o maior número de parceiros sexuais da América Latina

Pesquisa

O Brasil das praias, do carnaval, das roupas sumárias, das mulheres liberadas, dos homens galanteadores e destino preferido dos homossexuais cumpre a risca o estereótipo.

Pesquisa sobre a sexualidade dos latino-americanos, realizada em 11 países da região, confirma algumas das mais propaladas características dos latinos em geral e dos brasileiros em particular no que diz respeito ao sexo e aos relacionamentos amorosos.

Realizada pelo instituto Tendências Digitales, sob encomenda do Grupo Diários America (GDA), integrado pelo GLOBO, com 13.349 pessoas via internet, a pesquisa revelou que o Brasil é o país em que homens e mulheres têm o maior número de parceiros sexuais ao longo da vida, uma média de 12, contra 10 na América Latina em geral.

O país registra também o maior percentual de pessoas da região que associa relação sexual a prazer, 35,6%. Nos demais países, a média é de 27,6%.

E a proporção se mantém mesmo quando o recorte é feito por gênero. As mulheres e os homens associam sexo a amor, sim, mas, em quase igual medida, também ao prazer.

Acho que é uma coisa cultural nossa mesmo (a maior liberalidade em relação ao sexo).

Apesar da influência católica, ela aqui adquiriu outras vias – afirma o especialista em sexualidade Alexandre Sadeeh, do Hospital das Clínicas da USP.

O brasileiro se permite assumir que tem mais parceiros e faz isso com mais naturalidade do que em outros países.

A sexualidade está presente no nosso dia a dia, nas mulheres de biquíni, nos olhares dos homens.

As danças, as roupas, as propagandas sempre têm um teor erótico embutido.

O país registra também o maior percentual de homossexuais ou bissexuais: 16,6% se declaram assim – o maior percentual da região, cuja média é de 13,3%. Quando a pergunta é sobre o sexo do atual parceiro, o percentual sobe ainda mais.

Entre os homens, 21,1% dizem estar fazendo sexo com outro homem. As mulheres que estão mantendo relações com outras mulheres perfazem um percentual bem menor, 5,4%, mas, ainda assim, acima da média regional, de 4,9%.

No Brasil, se assumir homossexual é menos complexo do que em outros países da América Latina, onde a tradição machista parece ser mais intensa – sustenta a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP.

Apesar, claro, de o machismo ainda ser muito presente no Brasil, em relação aos demais países da América Latina, o país é um dos mais liberais para as mulheres.

Vale lembrar que, como o levantamento foi feito pela internet, o nível socioeconômico dos participantes é mais elevado.

A pesquisa mostra que as brasileiras são as que mais usam vibradores para se masturbar (13,5%) e as que mais chegam ao orgasmo pelo sexo oral (33,9%).

Embora muitas ainda finjam gozar (mais da metade dizem que de vez em quando fazem isso), uma parcela considerável diz ter orgasmos múltiplos regularmente (19,3%) e às vezes (54,3%).

Os brasileiros são mais livres para se aproximar, conquistar. O latino, em geral, é machista, a mulher é mais submissa, a questão do pecado é muito forte – diz a sexóloga Carla Cecarello, presidente da Associação Brasileira de Sexualidade.

Por aqui, o corpo é muito cultuado, há muita sensualidade, e tudo isso é um agente facilitador a estimular a troca de parceiras, há uma procura por experimentar mais nesse sentido.

E as mulheres estão se permitindo mais a busca do prazer não necessariamente ligado ao amor.

Na análise dos especialistas, a posição sexual preferida pelos latinos – e, particularmente, pelos brasileiros – revela ainda o caráter machista do sexo na região.

Nos onze países da região, a posição preferida (24,1%) é aquela em que o casal fica de joelhos e o homem penetra a mulher por trás.

No Brasil, esta é a posição ideal para 29,1% da população. Em segundo lugar na preferência nacional, com 22,7%, vem o tradicional papai-mamãe.

  • O padrão aqui ainda é bem machista: ou o homem vem por trás ou está por cima – avalia Sadeeh. – Por isso, a proporção em que a mulher fica por cima é menor.

Carla Cecarello concorda com o colega. Ela afirma que as posições sexuais favoritas são aquelas em que o homem tem todo o controle da relação. Mas acrescenta ainda uma explicação mais prosaica:
– O brasileiro é fissurado por bunda.

Nessa posição, ele tem o controle total dos movimentos, é ele que está segurando a parceira, e ainda tem todo aquele visual, que é um grande estimulante.(O Globo)

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