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terça-feira, 30 de abril de 2024

Cientistas buscam ferramentas para bloquear a infecção da malária

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Agência Brasil – 08/03/2016 17h29

Um grupo de cientistas está investigando a interação entre o parasita Plasmodium vivax, causador da maior parte dos casos de malária no Brasil, e os mosquitos anofelinos, hospedeiros da doença, em busca de meios para impedir a transmissão da infecção a humanos.

“Nosso objetivo é tentar entender como o parasita que causa a malária interage com o mosquito para, no futuro, criar ferramentas que possam bloquear essa transmissão”, explicou o responsável da pesquisa Henrique Silveira.

O pesquisador ressaltou que a malária no Brasil está restrita quase exclusivamente à Bacia Amazônica e que a maior parte das ocorrências é devido ao Plasmodium vivax, uma das quatro espécies de protozoários da malária que contaminam o ser humano.

O pesquisador disse que os mosquitos transmissores da doença, o Anopheles, têm mais sucesso em conter a infecção do que os seres humanos.

Evidências experimentais demonstram que o inseto pode desenvolver mecanismos eficazes para interromper o ciclo de vida do parasita.

Os cientistas querem desvendar quais são as proteínas produzidas pelo hospedeiro quando o parasita invade seu intestino. “Assim saberemos quais os mecanismos ativados.

O conhecimento das respostas do mosquito à infecção proporcionará uma ferramenta poderosa para bloquear a transmissão da malária”, esclarece Silveira.

Estudo

Ao longo do estudo, desenvolvido com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), os mosquitos estão sendo infectados e depois dissecados, com o uso de uma lupa e agulhas de disseção para coletar o material biológico e caracterizar os genes associados à infecção.

Após esta fase, os cientistas checam se há intervenção nos genes para analisar como eles agem ao longo da infecção.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários e transmitida pela fêmea infectada do mosquito Anopheles.

Não existe vacina, mas a doença apresenta cura se for tratada a tempo. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento é simples, eficaz e gratuito.

Zona contaminada

A área endêmica da malária no Brasil é a região amazônica, incluindo os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Esta região responde por 99% dos casos no país.

Fora da região amazônica, mais de 80% dos casos registrados são importados dos estados pertencentes à área endêmica do Brasil e de outros países amazônicos, além do continente africano e do Paraguai.

Segundo o ministério da Saúde, desde 2000 houve uma redução de mais de 50% no número de casos de malária no país.

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