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Sindicalistas e educadores da Escola Agostinho ‘inauguram’ simbolicamente quadras cobertas que não existem
Por: Maria Lucia Tolouei – 01/07/2016 08h43
fotos e vídeos: Cido Costa/Douradosagora
A greve na educação entra no oitavo dia com participação de professores indígenas da Reserva de Dourados. Ontem, lideranças fecharam a rodovia MS-156, que corta a Aldeia Jaguapiru, via de acesso a Itaporã e outros municípios.
Hoje, educadores indígenas, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Simted) “inauguram” duas quadras cobertas, nas escolas Agostinho e Araporã (Aldeia Bororó), que não foram concluídas. No local, há apenas pisos e traves, sem teto. Na sequência, os manifestantes podem seguir para novo bloqueio na rodovia.
Os profissionais da Educação reivindicam o pagamento da Lei do Piso de 20 horas para o magistério, a reposição salarial do grupo administrativo e da inflação no período de dois anos que, conforme o Simted, não vêm sendo repassados pela administração municipal.
Ontem, os sindicalistas foram à Câmara de Vereadores entregar documento à Comissão de Educação da Casa, denunciando déficit nos investimentos no setor. Segundo o Simted, o município estaria investindo menos de 25% da arrecadação na educação.
A prefeitura de Dourados refuta a denúncia. De acordo com o Executivo, em abril deste ano, já foram concedidos 11,25% de reajuste aos educadores e a condição para negociar é o fim da greve, deflagrada há oito dias, por tempo indeterminado.
No início da semana, conforme noticiado pelo Douradosagora, o Sindicato foi notificado por “barulho” durante manifestação em frente ao Centro Administrativo Municipal (CAM).
A direção do Simted disse ao Douradosagora que a notificação ocorreu durante ato para cobrar diálogo com o Executivo. Segundo o sindicato, o novo manifesto acabou com “tentativa de calar o movimento grevista”.
A presidente do Simted, Gleice Jane Barbosa, repudiou a medida, questionando por que a prefeitura não cumpria a lei da educação e, no entanto, queria punir o Sindicato pelo manifesto.
“Tudo não passa de uma questão política; o prefeito tem a oportunidade e a possibilidade de encerrar a greve, cumprindo os compromissos firmados com professores e administrativos, mas prefere tentar silenciar o movimento legítimo, aplicando uma medida através do Imam e desprezando a lei da Educação”, enfatizou Gleice Jane Barbosa.
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