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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Reinaldo ganha direito de resposta e Delcídio cobra fiscalização no 2º turno

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20/10/2014 09h28 – Atualizado em 20/10/2014 09h28

Campanha no 2º turno das eleições continua em grau elevado e não deve cair até o dia 26 de outubro, quando 1,8 milhões de eleitores vão às urnas

Willams Araújo/ De Campo Grande

A temperatura da campanha no segundo turno das eleições em Mato Grosso do Sul continua em grau elevado e não deve cair até o dia 26 de outubro, quando 1,8 milhões de eleitores vão as urnas escolher o sucessor do governador André Puccinelli (PMDB).

Pelo menos é essa a meteorologia política registrada a cada dia que antecede o pleito. Na briga por votos, os candidatos do PSDB, Reinaldo Azambuja, e do PT, Delcídio do Amaral, tentam ampliar a vantagem um do outro, mantendo os votos recebidos no primeiro turno e atraindo o apoio dos indecisos. Por enquanto, o cenário aponta significativa vantagem para Reinaldo Azambuja, que lidera a corrida sucessória ao Parque dos Poderes.

De acordo com a recente pesquisa do SBT, divulgada no fim de semana o tucano lidera com 13 pontos percentuais sobre Delcídio, incluindo votos brancos, nulos e indecisos.

Registrada no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) sob o nº MS-00068/2014, a pesquisa atesta que Reinaldo tem 56,56% contra 43,44% de Delcídio. O levantamento foi feito entre os dias 13 e 16 de outubro com 1700 eleitores de 15 municípios.

A prova de que a campanha está e deve continuar em grau elevado é que o TRE-MS tem concedido sucessivos direitos de resposta ao longo do segundo turno das eleições. E nesse quesito, Reinaldo é o maior beneficiado.

Esta semana, por exemplo, a assessoria jurídica do tucano conseguiu ganhar mais quatro minutos em direito de resposta por conta de insinuações feitas no programa de televisão de Delcídio de que as contas do adversário teriam sido reprovadas à época em que foi prefeito da cidade de Maracaju. Por outro lado, Delcídio foi a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) pedir fiscalizar nas eleições para evitar compra de votos.

“Foi um verdadeiro descalabro e não houve nenhuma autuação. Algumas denúncias revelam que compraram mais de 100 mil votos a valores que variam de R$ 100 e R$ 200 por voto, inclusive usando até cheque”, colocou o candidato do PT em reunião com o presidente Júlio Cesar Rodrigues e membros da diretoria da OAB/MS.

Apesar disso, o petista não deu nome aos bois. Além de Reinaldo, Delcídio enfrentou o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), no primeiro turno.

Delcídio do Amaral e Reinaldo Azambuja tentam ampliar a vantagem um do outro, mantendo os votos recebidos no primeiro turno. (Foto: Divulgação)
Delcídio do Amaral e Reinaldo Azambuja tentam ampliar a vantagem um do outro, mantendo os votos recebidos no primeiro turno. (Foto: Divulgação)
Ataques

Intolerância é a palavra que pode definir a reta final do segundo turno das eleições em MS. Além dos ataques mútuos a uma semana do pleito, o que se vê na internet e nas inserções de TV é uma onda de ataques de ambas as partes.

Delcídio é hostilizado pelo comando nacional tucano devido a acusações segundo as quais ele teria participado do esquema de corrupção que desviou bilhões de dólares dos cofres da Petrobras. Como reação, o petista foi à televisão dizer que Reinaldo estaria operando para prejudicar o Estado na questão do ICMS do gás boliviano (Gasoduto).

“É no mínimo estranho que somente agora o Reinaldo reconheça o gasoduto como obra fundamental para o estado, enquanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que é do partido dele (PSDB), aciona a Justiça para nos tirar a cobrança do ICMS sobre o gás, o que, se acontecer, simplesmente quebra o nosso estado”, disparou o petista em seu programa de televisão.

Dias depois, a Justiça Eleitoral proibiu Delcídio de exibir tais comentários em seu programa de TV. “A decisão barra mais um triste capítulo da “política do terror”, da mentira e da imoralidade dos marqueteiros de Delcídio do PT nestas eleições em Mato Grosso do Sul”, comemorou a assessoria do tucano.

Com resposta, Reinaldo lamentou que mesmo depois do absurdo de receber ataques até contra seus familiares no 1º turno, agora, no 2º turno, ainda tenha de conviver com o adversário se utilizando de mentiras e da “política do terror” para tentar enganar o eleitor.

Por conta disso, o juiz auxiliar desembargador Romero Osme Dias Lopes concedeu duas liminares e determinou a imediata cassação da veiculação da propaganda em qualquer meio de comunicação (impresso, online, radiofônico ou televisivo) e mandou que a coligação e o candidato Delcídio do PT se abstenham de veicular a publicidade, em rede ou em inserções.

Em caso de descumprimento, os representantes legais da coligação estarão sujeitos à multa diária de R$ 25 mil, sem prejuízo de configuração, em tese, do crime de desobediência e até apuração de responsabilidade penal.

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