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quinta-feira, 9 de maio de 2024

Ferramenta irá auxiliar no controle de doenças da videira

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18/07/2014 11h26

Sistema disponível on-line simula o risco da ocorrência de doenças que preocupam os produtores do vale do rio São Francisco.

Por meio da plataforma digital Sistema de Previsão de Risco de Epidemias de Doenças de plantas (Sisalert) o produtor pode se informar sobre riscos da ocorrência demíldio e oídio, duas das doenças que preocupam os produtores de uva no submédio do vale do rio São Francisco.

O Sisalert reúne e processa dados meteorológicos obtidos de estações automáticas e de prognósticos de tempo, de modelos de crescimento e desenvolvimento da cultura, além de modelos epidemiológicos das doenças.

Em resumo, agrega informações sobre a interação patógeno-hospedeiro-ambiente, simula o risco de ocorrer doenças e deixa a informação disponível para os produtores.

Segundo informações da Embrapa, o sistema ainda passa por ajustes. Contudo, em testes realizados durante diferentes períodos da poda da videira, os pesquisadores da Embrapa e da Universidade Federal de Passo Fundo (RS) registraram percentagens de controle que variaram de 75 a 94%.

“Obtivemos também reduções entre 26 a 37,5% no número de pulverizações utilizando o Sisaler, quando comparado com o número de aplicações realizadas pelos produtores para conter o fungo nos seus parreirais”, revela a pesquisadora Francislene Angelotti, da Embrapa Semiárido.

Segundo a pesquisadora, o emprego de sistemas de previsão tem se “destacado como uma alternativa para otimizar o manejo integrado de doenças, uma vez que dão suporte ao processo de tomada de decisão”.

Os resultados do uso de sistemas de previsão em culturas como maçã e trigo registraram o risco de ocorrência de epidemias, com redução no número de pulverizações, nos custos com aquisição de produtos químicos e menor dano ao homem e ao meio ambiente.

Fungos

O míldio da videira, causado pelo fungo Plasmopara viticola, é uma das principais doenças da videira no Submédio do Vale do São francisco, especialmente no primeiro semestre do ano quando há alta umidade relativa e ocorrência de chuvas contínuas na região.

O oídio também é uma doença de grande importância para a cultura da videira, sobretudo em condições semiáridas, onde o clima seco e com baixa ocorrência de chuvas favorece a incidência da doença durante todo o ano.

Na região, muitos produtores adotam como medida de controle as aplicações sistemáticas de fungicidas protetores e curativos, seguindo um calendário de aplicações semanais.

Isto tem ocasionado o uso excessivo de fungicidas na cultura, o que, “além de aumentar o custo da produção, pode deixar resíduos nos frutos a serem comercializados, aumentar os danos ao meio ambiente e aos aplicadores”, explica.
(Embrapa)

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