O adolescente de 16 anos que esquartejou um amigo na cidade de Blumenau, localizada a cerca de 200 km de Florianópolis, vai...
O adolescente de 16 anos que esquartejou um amigo na cidade de Blumenau, localizada a cerca de 200 km de Florianópolis, vai cumprir pena sócio-educativa pelo período de três anos, segundo o site Terra. A decisão foi tomada no início da noite de ontem pelo juiz Álvaro Pereira de Andrade, da Vara da Infância e Juventude.
Gabriel Kuhn, 12 anos, foi esquartejado ainda vivo pelo amigo na manhã do dia 23 de julho. Ele teve as duas pernas arrancadas com uma serra e morreu devido à hemorragia.
O prazo final para que a sentença fosse aplicada era ontem. Caso contrário, o adolescente infrator deveria ser liberado hoje do Centro de Internamento Provisório de Joinville, região norte de Santa Catarina, onde está apreendido, conforme determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo a legislação, menores não podem ficar mais de 45 dias apreendidos sem a aplicação de medida sócio-educativa.
O caso de Kuhn gerou muita comoção em Santa Catarina. Ele foi encontrado pelo irmão, esquartejado na casa de um amigo. Inicialmente, a versão era a de que a morte foi causada devido a uma briga por jogos de computador. A polícia apurou a possibilidade de ocorrência de abuso sexual antes do assassinato. A hipótese não é confirmada oficialmente pelas autoridades.
O juiz definiu a medida no final do expediente, mas não informou o teor da decisão porque o processo contra o adolescente corre em segredo de Justiça. O infrator foi sentenciado com a pena máxima determinada pelo Estatuto e solicitada na denúncia do Ministério Público.
Paralelamente à condenação do adolescente, outro fato gera polêmica em Blumenau. As fotos do garoto esquartejado foram divulgadas em sites na Internet. A Polícia Civil abriu um inquérito, por determinação judicial, para apurar como o material "vazou" e foi publicado na rede.
De acordo com a delegada Rosi Serafim, que comanda as investigações, restam alguns dias para que o inquérito seja finalizado, mas já existem suspeitas de quem tenha vazado as fotos. "É um trabalho difícil, tivemos que fazer o caminho inverso das fotos para descobrir quem poderia ser o responsável, ou responsáveis, pela divulgação de mau gosto", diz, sem dar mais detalhes para não prejudicar as investigações.