A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na quarta-feira dois motoristas que dirigiam após terem ingerido bebidas...
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na quarta-feira dois motoristas que dirigiam após terem ingerido bebidas alcoólicas acima do limite aceitável pelo código de trânsito. Um deles apresentou, no teste de bafômetro, um nível de 1,34 mg/l, quando o aceitável é 0,29 mg/l. Para os policiais, o surpreendente é que a abordagem ao caminhoneiro foi feita às 8h30, na BR-116. O segundo motorista foi abordado por volta das 16h15, e o teste marcou 0,70 mg/l. Os dois foram encaminhados à Polícia Civil de Campina Grande do Sul.No ano passado, dos 6.548 acidentes atendidos pela PRF no Estado, 249 envolveram pelo menos um condutor sob efeito de álcool. O número pode parecer pequeno comparado ao número global de ocorrências — 2,6% dos casos — mas a PRF alerta que motoristas embriagados são responsáveis por boa parte dos acidentes mais sérios nas rodovias. E a preocupação não pára neste aspecto. De janeiro a outubro deste ano, o número de motoristas surpreendidos pela PRF sob efeito do álcool já é maior que o de 2006. São 253 casos, de um total de 5.407 acidentes registrados, índice de 3,3%."E ainda nem entramos na fase mais crítica do ano, que são as férias de verão. Principalmente na Capital, as pessoas associam férias ou feriados com praia, que é associada com cerveja", conta o chefe do setor de comunicação social da PRF no Paraná, o inspetor Adriano Frasson.
No ano passado, a PRF realizou 414 testes de bafômetro para motoristas envolvidos em acidentes com suspeita de embriaguez, e 249 deles deram positivo. Estes motoristas estavam em 240 acidentes. Já neste ano, até outubro, os policiais rodoviários federais submeteram 421 condutores ao teste de bafômetro — ou etilômetro, no termo técnico. Destes, 253 apresentaram nível de álcool acima de 0,29 mg/l. Em 2006, 9.599 motoristas se envolveram em acidentes nas estradas federais do Paraná. Até outubro de 2007 foram 7.902 motoristas. "O condutor embriagado não tem reação e ainda pega de surpresa os outros motoristas", continua Frasson.Carnaval — A preocupação, obviamente, recai nos períodos festivos e prolongados. "O carnaval é o pior de todos. Porque além de ser um feriado de pelo menos quatro dias, ainda é culturalmente aceito que se beba muito. Quem vai para as festas acaba querendo aproveitar até o último instante, e depois vai para a estrada sob efeito do álcool".Mas o risco também é alto no final de ano, quando as férias de dezembro, a chegada do verão e as festas de fim de ano, costumam potencializar um comportamento mais despojado, onde os motoristas acabam cometendo excessos. Profissionais que atuam nas estradas também colaboram para as estatísticas. Os dois presos na quarta-feira, por exemplo, eram caminhoneiros, sob efeito de álcool em horário de grande movimento nas estradas. E ainda conduzindo veículos grandes.