Em frente ao Fórum, pessoas fizeram protesto silencioso
Cerca de 50 pessoas foram para a frente do Fórum de Dourados. Em protesto silencioso eles pedem a liberdade do prefeito afastado Ari Artuzi, primeira-dama e vereadores presos na Operação Uragano da Polícia Federal, acusados de corrupção, desvio de dinheiro público e recebimento de propina.
Alguns cartazes cobram da Justiça o "porque que somente as gravações contra Ari Artuzi são verdadeiras e as que denunciam envolvimento de políticos com pessoas ligadas ao judiciário em Campo Grande são falsas".
Em outro cartaz: "Maria, suas filhas sofrem com sua ausência", e "O povo de Artuzi incomoda muita gente".
Também pedem: "Soltem Maria, ela não é bandida". "Onde estão os direitos Humanos" e "Porque a Justiça quer calar Ari Artuzi".
Ari Artuzi, sem partido, foi encaminhado na manhã desta quinta-feira ao Hospital do Pênfigo, na capital, onde passa por exames médicos autorizados pela Justiça, a pedido do advogado dele.
Artuzi está preso na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), na capital, desde o dia 1º de setembro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Uragano (furacão, em italiano).
Conforme assessoria do hospital, Artuzi reclama de dores no abdome. A saída de Artuzi da cadeia para atendimento médico hospitalar foi autorizado pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Manoel Mendes Carli.
Ontem, Artuzi anunciou que iniciaria hoje uma greve de fome em represália à negativa do Tribunal de Justiça em conceder o habeas corpus. Informações dão conta de que ele estaria com um quadro de depressão. O pedido de liberdade, rejeitado por unanimidade, visa manter a ordem pública.
O réu argumentou que não há risco, já que demonstrações de descontentamentos externados por setores da sociedade não configuram ameaça à ordem pública.
Artuzi, Carlinhos Cantor, Sidlei Alves (sx-presidente da Câmara), outros oito vereadores, secretários, empresários e servidores foram indiciados pela PF acusados de participação em esquema de fraude em licitações, corrupção e outros crimes que vinham sangrando os cofres públicos no município de Dourados.
O esquema foi desmontado pela PF que contou com a ajuda do então secretário de Governo de Artuzi, jornalista Eleandro Passaia.