José Alberto Vasconcellos*
"Quanto mais viciados houver em livros, revistas, jornais, manuais e bulas de remédio, menos gente vai se intoxicar, levar choque e VOTAR EM SAFADO." (José Roberto Alencar – 1945-2007.) Aproxima-se a eleição para a Presidência da República. A mais importante das eleições, porque o nosso sistema federativo, reserva para o Presidente da República, a edição, sem limite, de Medidas Provisórias, com força de lei (Art. 84, "caput", inc. XXVI, c/c Art. 62 "caput", da Constituição federal.
Basta que o Presidente invente uma estória para justificar sua emissão. A Medida Provisória entra em vigor de imediato com efeito de lei. O Congresso – sempre assoberbado, ufa! – sem tempo para examinar o mérito das Medidas, dificilmente as revoga ou as reforma. Seus textos passam ilesos pelo Legislativo e viram lei permanente.
Essas Medidas Provisórias, invariavelmente, suprem direitos, ou os concede a quem não os possui e gravam o cidadão com mais obrigações. Dão prejuízos ao Erário, satisfazem a megalomania de quem as edita, e trancam a pauta do Congresso que, aliás, sempre gostou mesmo é de não produzir nada que seja do interesse da Nação ou do País.
Reformas inadiáveis, como a política e a fiscal, dormem sono profundo nos braços dos claudicantes e prevaricadores parlamentares que, infelizmente, sempre se reelegem. A maioria deles, dóceis ao equivocado e inconfessável comando, que sonha sonhos pouco democráticos.
Embora seja histórico no Brasil, que ao tempo em que só votavam os letrados, a representatividade política tinha os mesmos valores e as mesmas qualificações dos políticos atuais. Fica assim evidente que o homem esclarecido não escolhe o melhor, – mas que muitos deles votam, sempre, buscando alguma vantagem pessoal!
Ao cidadão esclarecido ou iletrado, não se concede o direito de ignorar a história. A história que registra o sangue, o suor, as lágrimas e a perseverança dos homens que nesses 500 anos da nossa existência, dedicaram a vida para forjar com sabedoria, coragem e decisão a nossa Pátria. Possuímos uma Pátria livre e democrática, chão amado que muitos povos não possui. Exemplificando: os Palestinos. A terra livre que pisamos, que é nossa, devemos legar aos nossos filhos, como prova de que também agimos com responsabilidade e com a gratidão que nos cobra a história. Nossa Pátria, é maior que qualquer vantagem individual que nos prometam.
Os heróis, vultos da nossa história, que fizeram do Brasil um País continente e a nós repassaram confiantes, seguramente estarão observando – de onde estiverem – se valeu a pena morrer em nome da independência e da liberdade.
VOTAR COM RESPONSABILIDADE AMANHÃ, é buscar melhora para o nosso País e felicidade para o nosso Povo. É reviver, com cada voto, os sonhos e as lutas dos nossos antepassados; é reconhecer o preço que pagaram pelo nosso Brasil!
VOTAR é um ato de cidadania; e o registro de gratidão àqueles que morreram para que tivéssemos esta Pátria, livre e democrática! Mesmo que você não seja viciado em livros, não troque seu voto por promessas, chega de enganos nocivos a você mesmo!
*Bacharel em ciências jurídicas e sociais.