Projeto que prevê a criminalização da homofobia passará por modificações para atender pressão da bancada evangélica.
Com crise em sua base aliada, a presidenta Dilma Rousseff decidiu evitar temas polêmicos no Congresso nos próximos 15 dias e recuou na aprovação da lei anti-homofobia.
A polêmica começou na semana passada, quando deputados evangélicos e católicos protestaram contra o material didático que seria distribuído pelo Ministério da Educação e, para pressionar o governo, ameaçaram convocar o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) para explicar o aumento de seu patrimônio.
O governo negocia agora com os evangélicos uma alternativa para suavizar o projeto. O acordo ainda não foi fechado, mas a relatora Marta Suplicy (PT-SP) se mostrou disposta a atender os religiosos.
Na primeira versão, o projeto definia como crime "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" de orientação sexual ou identidade de gênero.(Folha de S.Paulo)