11/02/2012 14h29 - Atualizado em 11/02/2012 14h29
Cido Costa
Ao divulgar sua quinta previsão de produção para a safra agrícola 2011/2012, a Conab observou que, devido às condições climáticas do País, o volume de grãos pode sofrer um recuo de 3,5% sobre a safra anterior, caindo de 162,8 milhões de toneladas para pouco mais de 157 milhões de toneladas.
A redução, entretanto, não inclui o milho que, ao contrário, pode chegar a um recorde histórico de produção, ultrapassando os 60 milhões de toneladas (recorde atual: 58,6 milhões de toneladas na safra 2007/2008).
A safra principal, como vinha sendo previsto, deve decrescer – apesar do aumento de 9% na área cultivada. E o que causa a redução, aqui, é principalmente o clima, responsável por uma redução de 10,5% na produtividade média.
O resultado pode ser uma produção ora estimada em 35,045 milhões de toneladas, 2,5% a menos que os 35,926 milhões de toneladas da safra passada.
Portanto, o fator que pode determinar a grande diferença é a safrinha – por ora, cá entre nós, apenas uma promessa.
No entanto, baseada no fato de que a área cultivada com a segunda safra de milho pode aumentar 13,6% em relação ao ano passado e estimando que, graças à aplicação de tecnologia, a produtividade média tende a apresentar incremento de 5,7%, a Conab projeta que o volume de milho safrinha pode chegar aos 25,786 milhões de toneladas o que, se confirmado, ultrapassará em 20% os 21,481 milhões de toneladas de 2011 e representará também um novo recorde em se tratando da segunda safra.
O que não escapa, aqui, é que sendo uma safra de risco – pois as condições climáticas, especialmente na Região Sul, são às vezes extremamente adversas – a safrinha adquire importância cada vez maior na produção de milho do País.
Dez anos atrás, em 2002, equivaleu a pouco mais de um quinto da safra brasileira (21,2%); em 2012, pelas previsões da Conab, pode corresponder a quase dois terços (73,6%) da primeira safra.(AviSite)