27/02/2012 13h45 - Atualizado em 27/02/2012 13h45
O corpo de um bebê foi encontrado na manhã desta segunda-feira (27) na Zona Norte de Marília, no interior de São Paulo.
O bebê estava dentro de uma sacola na cesta de lixo de um morador que, ao levar o lixo dele para ser recolhido, percebeu que havia algo estranho. O bebê ainda estava com cordão umbilical e placenta.
A polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamados.
O resgate foi feito, mas já não havia mais como salvá-lo. Em depoimento, o médico do Samu informou que o bebê nasceu vivo e, de acordo com as pessoas envolvidas no resgate, a causa da morte do recém-nascido pode ter sido asfixia, por causa da cor roxa do corpo.
De acordo com o delegado, se o médico legista atestar que a mãe estava com depressão pós- parto ao praticar o ato, ela poderá ser indiciada por infanticídio, crime com penas de 2 a 6 anos de prisão.
Já se a perícia atestar que a mãe não estava com depressão pós-parto, a mãe pode ser enquadrada no crime de homicídio. As penas variam de 6 a 20 anos de prisão.
Em julho de 2011, em Botucatu, uma mulher pariu o bebê no banheiro de sua casa, mas inventou uma história como forma de negar ser a mãe do bebê.
Ela ligou para a polícia e informou que tinha encontrado um recém-nascido em frente a casa dela, em uma lixeira.
Quando pressionada pelos policiais, a mulher caiu em contradição e acabou confessando ser a mãe. Depois de prestar depoimento na delegacia, ela foi encaminhada ao hospital e foi avaliadas pelos médicos.
Também em 2011, em agosto, na cidade de Jaú, outro bebê foi abandonado em um terreno no Jardim Planalto.
A criança ainda estava com o cordão umbilical, enrolada apenas em um lençol, dentro de uma caixa de madeira. Uma mulher que passeava com um cachorro ouviu o choro de uma criança e pediu ajuda aos vizinhos.
No mesmo período, também em Jaú, um outro recém-nascido foi encontrado. Desta vez ele estava morto dentro de um saco plástico, em um guarda-roupa.
O caso foi descoberto quando uma mulher deu entrada no Pronto Socorro de Jaú com hemorragia.
A equipe médica que atendeu a escriturária deduziu que ela tinha tido um parto horas antes de chegar ao hospital.
De acordo com o atestado de óbito, o bebê nasceu com vida. Em um depoimento, a mulher disse que desconhecia a gravidez e que colocou a criança no guarda-roupa porque teve medo da reação da família.
Ela negou que tenha matado o bebê. Segundo ela, ele nasceu morto.(Do G1 Bauru e Marília)