07/03/2012 12h59 - Atualizado em 07/03/2012 12h59
A vitamina D pode estar associada a um menor risco de fraturas por estresse em meninas pré-adolescentes e adolescentes, principalmente entre as que praticam atividades de alto impacto, de acordo com relatório publicado na Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.
A fratura por estresse, uma lesão esportiva relativamente comum, ocorre quando as tensões em um osso excedem a sua capacidade de resistir a estas forças.
Apesar de o consumo de cálcio e de produtos lácteos ricos em cálcio ser rotineiramente incentivado para a saúde óssea ideal, os pesquisadores notaram que a evidência para essa recomendação foi contestada.
Kendrin R. Sonneville, do Children's Hospital Boston (Boston - EUA), e seus colegas conduziram um estudo para identificar se o cálcio, a vitamina D e/ou a ingestão de produtos lácteos foram prospectivamente associados a um risco de fratura por estresse entre as meninas.
O estudo incluiu 6,712 meninas pré-adolescentes e adolescentes (com idades entre 9 e 15 anos) no Growing Up Today Study.
Durante sete anos de acompanhamento, 3,9% das meninas desenvolveram uma fratura por estresse.
A ingestão de vitamina D se mostrou diretamente ligada a diminuição deste índice, especialmente entre as meninas que participam de pelo menos uma hora por dia de atividade de alto impacto.
"Em contraste, não houve qualquer evidência de que a ingestão de cálcio e de laticínios poderia minimizar estes riscos ou que o consumo de refrigerantes era preditivo do aumento do risco de fratura por estresse ou que se tenha confundido a associação entre o cálcio de origem láctea ou ingestão de vitamina D e o risco de fratura", comentam os autores.
Os pesquisadores observam também que, em uma análise estratificada, esta ingestão elevada de cálcio foi associada a um risco maior de desenvolvimento de uma fratura por estresse, embora sugiram que esta "inesperada descoberta" mereça mais estudos.
Os autores concluem que suas descobertas apoiam o recente aumento do Instituto de Medicina na permissão de ingestão diária de vitamina D para adolescentes de 400 IU/d para 600 I/d.
"Mais estudos são necessários para se certificar se a ingestão de vitamina D a partir de suplementos confere um efeito semelhante ao da vitamina D consumida a partir da ingestão dietética".(Isaude.net)