20/03/2012 08h49 - Atualizado em 20/03/2012 08h49
As fazendas consideradas de maior risco, principalmente aquelas com áreas em ambos os lados da fronteira, serão monitoradas com mais freqüência pelos técnicos dos serviços oficiais do Brasil e do Paraguai.
A medida foi uma das resoluções apontadas ao final da reunião bilateral realizada na quinta e sexta-feira, 8 e 9 de março, em Ponta Porã (MS).
O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Guilherme Marques, explica que o primeiro passo será harmonizar as ações dos serviços veterinários e definir critérios comuns para classificação de “propriedade de risco” entre os técnicos dos dois países.
A partir disso, o objetivo será divulgar estas fazendas para que elas sejam monitoradas “de perto”, principalmente nos períodos de vacinação.
As investigações de descaminho iniciadas em um dos dois países, quando factível, seguirão ocorrendo.
Os dois países firmaram um plano de ação cooperado – com ações e prazos determinados para execução – para reforçar a sanidade animal na região de fronteira (compreendida entre os municípios de Porto Murtinho e Mundo Novo, do lado brasileiro, e Salto Del Guairá a Carmelo Peralta, na parte paraguaia) e evitar a ocorrência de novos focos de febre aftosa como os registrados recentemente do lado paraguaio.
Entre as atividades acertadas estão continuar com as supervisões conjuntas da vacinação contra febre aftosa nas fazendas definidas previamente pelas unidades veterinárias de ambos os países, com prioridade nas propriedades de maior risco.
De fundamental importância também, é o incremento das ações em educação sanitária como treinamentos, oficinas pedagógicas e palestras dirigidas aos produtores da região, bem como estudantes, professores e profissionais da iniciativa privada.
A última decisão será elaborar um mapa cartográfico com todas as propriedades geoposicionadas, estradas vicinais e postos de fiscalização instalados na faixa aproximada de 15 quilômetros de ambos os lados da fronteira. A maioria das medidas será realizada ao longo de 2012.
Também estavam presentes as seguintes autoridades: Félix Otazú Leguizamon, presidente do SENACSA/Py, Orlando Baez, Superintendente da Secretaria Federal de Agricultura do MS, Tereza Cristina Correa da Costa Dias, Secretaria de Produção do MS, Engº. Agrº Antonio Vasconcellos, presidente da Comissão de Saúde Animal do Departamento de Amambay/Py, Dr. Jean Pierre Paes Martins, presidente do Sindicato Rural de Ponta-Porã, Eduardo Riedel, presidente da FAMASUL e Maria Cristina Carrijo, diretora-presidente da IAGRO.(Governo do Estado de Mato Grosso do Sul)