20/04/2012 07h36 - Atualizado em 20/04/2012 07h36
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizou, na quinta-feira (19/4), audiência pública para discutir a situação das brasileiras com próteses mamárias de silicone das marcas Pip (francesa) e Rofil (holandesa).
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, esteve presente e prestou esclarecimentos relativos ao controle sanitário destes produtos no país.
Barbano detalhou as medidas adotadas após a identificação da fraude com as próteses da marca PIP e anunciou que já foram realizadas oito inspeções e duas visitas técnicas às plantas fabris das empresas fabricantes.
“As exigências que a Anvisa criou para a entrada dos implantes mamários no Brasil não existem em nenhum outro país”, afirmou.
Para ser comercializada no Brasil, cada remessa de prótese mamária precisa ser certificada pelo Inmetro.
Além disso, as plantas fabris de todos os fabricantes com registro de prótese válido estão sendo inspecionadas por técnicos da Anvisa, no decorrer deste ano. Até o final de abril, já estão agendadas mais cinco visitas.
O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Carlos Ruiz, demonstrou preocupação com o desabastecimento de implantes mamários no país, mas ressaltou a importância do rigor no controle sanitário.
“Atualmente, 400 mil mulheres em 63 países fazem uso de próteses mamárias de silicone. Na maioria dos casos, por razões estéticas. O monitoramento do perfil de segurança desses produtos é fundamental”, explicou.
O Cadastro Nacional de Implantes, recém instituído no Brasil pelas sociedades médicas, foi defendido pelo Secretário Geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Denis Loma, como um passo importante para aprimorar o acompanhamento das pacientes que receberam as próteses.
“Nossa maior preocupação é assegurar a rastreabilidade das próteses para permitir ações rápidas e efetivas quando houver necessidade”, disse Loma.
A iniciativa do debate realizado na Comissão de Seguridade Social e Família foi dos deputados Eleuses Paiva (PSD-SP), Alexandre Roso (PSB-RS) e Cida Borghetti (PP-PR).(Anvisa)