28/08/2012 15h34 - Atualizado em 28/08/2012 15h34
De acordo com os reponsáveis, as pessoas ainda não compreenderam o sentido 'comunitário' do projeto
Renan Nucci
As minibibliotecas comunitárias instaladas recentemente na Praça Antonio João, centro de Dourados, não têm sido usadas da maneira correta pela população, e por isso algumas estão praticamente vazias, e outras repletas de revistas e jornais velhos.
Segundo Nicanor Coelho, secretário-geral do Grupo Literário Arandu e coordenador do projeto, os douradenses ainda não se habituaram ao novo tipo de leitura. “Com essa iniciativa, pretende-se estimular os cidadãos a lerem mais. Esta confusão já era prevista na fase de desenvolvimento”, disse Coelho.
Ele explica que desde a implantação, há cerca de dois meses, quase dois mil livros já foram depositados nas minibibliotecas, porém, foram retirados e até agora não foram devolvidos. “Na primeira leva colocamos 900 exemplares e todos desapareceram. Dias atrás, colocamos outra quantia semelhante e nenhum deles retornou. Acredito que aos poucos esse cenário irá se modificar”, observou.
Por este motivo, o grupo Arandu já solicitou a confecção de algumas placas que serão anexadas às cabines (provavelmente no sábado), onde irá constar uma espécie de ‘regulamento’ para tentar organizar o uso dos livros. “A idéia é explicar passo a conduta correta. A minibiblioteca é pública e todos têm acesso, por este motivo é preciso consciência. Se gostou de um livro, basta lê-lo e devolvê-lo”.
Coelho ainda recorda que o projeto foi estendido ao Hospital da Vida, onde recebeu aceitação diferenciada por parte do público. “Lá também há um grande fluxo de pessoas e todos os volumes que foram disponibilizados podem ser encontrados facilmente, até pelo fato de ter uma pessoa que vigia o local. Em breve, o Hemocentro receberá outra destas bibliotecas”, garantiu.
Até o final da semana que vem, as cabines da Praça Antonio João deverão ser reabastecidas. O Grupo Arandu também pede que a população faça doação dos exemplares que possui em casa. “O povo precisa se acostumar a ler, queremos que as pessoas tenham acesso facilitado à leitura, e por isso, toda comunidade deve contribuir. Para ajudar, bastar colocar os livros na biblioteca”, concluiu.